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Associação Casa das Mulheres Jequié

03/7 Associação Casa das Mulheres Jequié

Desde o último dia 26/06, o nome desta Associação vem sendo injusta e indevidamente conciliada a um possível caso de desacato a autoridade, através da sua presidente Elma Brito e uma investigadora da Polícia Civil, durante uma ação policial de prisão em flagrante nas dependências da delegacia itinerante no circuito dos festejos juninos de Jequié. O Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia - SINDPOC, através de nota pública e ações de seus associados usaram da mídia para externar e fomentar pré-julgamentos acerca da conduta e ações que a Casa das Mulheres faz no enfrentamento à Violência contra Mulheres e MulheresTrans, por conta de conflito acontecido com um de nossos membros e a policial civil. A Associação Casa das Mulheres tem atuação especificamente na violência de gênero, mas como entidade de proteção de direitos humanos e direitos sociais, seus membros não pactuam com nenhuma violência. Nesse caso específico, apesar de ser um homem, era um homem negro, uma vítima de violência policial, o que configura como grave violação e não podemos nos calar diante de nenhuma violação de direitos humanos contra qualquer sujeito de direitos. Defender especificamente mulheres vítimas de violência, não nos permite enquanto cidadãos e cidadãs fechar os olhos e ser negligente ou conivente com qualquer tipo de agressão. Assim, além de não comungarmos com qualquer tipo de violência e com nenhum ato de violação de direitos, seja ele institucional, seja abuso de autoridade ou desacato a autoridade, esperamos confiantes em nosso sistema de justiça que os fatos sejam devidamente investigados e as responsabilidades apuradas. É válido ainda lembrar que esta Casa vem sendo vítima de retaliações e perseguições por parte de atores de Direitos Humanos que deveriam exclusivamente promover e apoiar a defesa intransigente dos Direitos das Mulheres e que habitualmente praticam o oposto, assim, a Associação se mantém atuante na cobrança do atendimento e de todos os serviços de proteção e de efetivação dos direitos das assistidas. A conotação dada pela imprensa e Sindicato da categoria dever-se-ia também ter se voltado à ação policial (e motivo do contexto), que com o uso indevido da força provocou uma agressão física desproporcional, desnecessária e desmedida, que decorreu em uma prisão em flagrante arbitraria, na qual supostamente prendeu um homem por desacato ao pudor ao estar urinando em praça pública durante o São João. Não estamos defendendo que urinar em vias públicas seja ato de civilidade, merece sim ser representado pelos agentes devidos, porém, o que causa estranheza é o fato de entre tantos homens urinando em via pública, no referido momento, apenas este homem negro ser abordado e mesmo sem oferecer resistência, ser agredido na frente da família e do filho adolescente, sendo conduzido ao posto da Delegacia no circuito, como comprovam as testemunhas. Com isto, não estamos elencando violações como mais ou menos importantes, mas, lembrando que existem mais de um fato a ser analisado e defendido, bem como a necessidade de respeito à atuação desta Associação, que vem há mais de três anos salvando a vida de mulheres e seus familiares em Jequié e Região. Em tempo, a diretoria da Casa das Mulheres agradece todo o apoio e suporte recebido.

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