×

Bela ideia: Vídeo minuto de cineasta brasileiro aproxima drama dos refugiados

04/6

O deslocamento forçado, em sua maior parte decorrente de guerra e conflito, aumentou consideravelmente na última década, em grande parte resultado da crise na Síria, mas também devido a uma proliferação de novas situações de deslocamento e os antigos casos não resolvidos. Cerca de 60 milhões de pessoas estão hoje deslocadas à força, quase 20 milhões delas são refugiados que foram obrigados a fugir e atravessar fronteiras internacionais. As demais pessoas deslocadas estão dentro de seus próprios países. O financiamento da ajuda humanitária não está conseguindo manter o ritmo. Um abrigo — seja uma tenda, uma estrutura improvisada ou uma casa — é o ponto de partida básico para que os refugiados sobrevivam e possam se recuperar dos efeitos físicos e mentais da violência e perseguição que sofreram. No entanto, em todo o mundo, milhões de pessoas estão lutando para sobreviver em habitações inadequadas e muitas vezes perigosas, quase incapazes de pagar o aluguel, e colocando suas vidas, dignidade e futuro em risco. O abrigo é fundamental para que refugiados possam sobreviver e se recuperar, e deve ser considerado direito humano inegociável — disse Filippo Grandi, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. — À medida que enfrentamos deslocamento em todo o mundo em um nível nunca visto desde a Segunda Guerra Mundial, nenhum refugiado deve ser deixado de fora. A campanha visa arrecadar fundos para o setor privado para construir ou melhorar abrigo para 2 milhões de refugiados em 2018, no valor equivalente a quase um a cada oito dos 15,1 milhões de pessoas sob mandato do Acnur em meados de 2015. A UNRWA, a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina, cuida dos refugiados palestinos restantes. Sem o aumento no financiamento e apoio global, milhões de pessoas que fogem da guerra e da perseguição não terão acesso a moradia ou terão moradia inadequada em países como o Líbano, México e Tanzânia. Não ter um lugar seguro para comer, dormir, estudar, armazenar pertences e ter privacidade, traz consequências prejudiciais para a saúde e bem-estar desta população. Oferecer abrigo em uma escala global é um empreendimento logístico enorme. Todos os anos, o ACNUR adquire 70 mil tendas e mais de 2 milhões de lonas, que se tornaram símbolo da resposta às emergências humanitárias. Entretanto, como o Acnur continua enfrentando uma enorme necessidade de oferecer abrigo, porém, com limitado financiamento disponível, as operações muitas vezes enfrentam a difícil decisão de priorizar abrigo de emergência para o número máximo de pessoas de interesse, ao invés de investir em soluções mais duradouras e sustentáveis. Fora dos campos, os refugiados contam com o apoio do Acnur para encontrar alojamento e pagar o aluguel vivendo em cidades em dezenas de países que fazem fronteira com zonas de conflito. Estima-se que essas operações custem US$ 724 milhões de dólares em 2016. No entanto, apenas 158 milhões estão disponíveis atualmente, um déficit que ameaça deixar milhões de homens, mulheres e crianças sem abrigo adequado e lutando para reconstruir suas vidas. A campanha ¿Nobody Left Outside¿ está pedindo aos doadores particulares e às empresas um maior engajamento. O setor privado é uma fonte de doadores cada vez mais importante para o ACNUR e, em 2015, contribuiu com mais de 8% dos fundos globais da organização. O setor privado desempenha um papel importante com o seu know how, vigor e dinheiro, o que permite agir com solidariedade nas situações refugiados que passaram por guerra e perseguição necessitam de abrigo — disse o Alto Comissário Grandi, acrescentando que o fornecimento de abrigo adequado pode aliviar as tensões entre refugiados e comunidades de acolhimento. — Temos de encontrar melhores formas para os refugiados serem pacificamente integrados em nossas comunidades de acolhimento — disse Grandi. — Abrigo adequado para todos é fundamental para a coesão social. Boas casas geram bons vizinhos. As regiões que mais necessitam assistência são a África subsaariana (US$ 255 milhões necessários, US$ 48 milhões disponíveis) e no Oriente Médio e Norte da África (US$ 373 milhões necessários, US$ 91 milhões disponíveis). Ásia exige US$ 59 milhões, com apenas US$ 8 milhões disponíveis, e a Europa também requer significativamente mais ajuda (US$ 36 milhões necessários, US$ 10 milhões disponíveis), uma vez que enfrenta um fluxo contínuo de refugiados.

Contador de Cliques


Deixe um comentário:



Captcha