Cinema e Sociedade - 90 anos do grande clássico ... E o vento levou (Gone with the wind)

A maioria dos críticos de cinema é categórica em afirmar que já não se faz cinema como antigamente. O cinema da Era Digital, sem nenhuma complacência e concessão, distanciou-se da beleza da poesia e da força do texto que o cinema clássico sempre procurou levar às telas. Nenhum crítico, comentarista ou estudioso da sétima Arte fala em grandes obras cinematográficas clássicas sem mencionar a obra perfeita dos estúdios da antiga Metro – Goldwyn-Mayer (MGM), o filme ... E o vento levou. Muitos jequieenses devem se lembrar dessa obra prima, porque já tiveram o prazer de vê-la em algum cinema que aqui havia. Bons tempos aqueles, e que tudo indica que não voltam mais! Será? Produzido em 1939, e dirigido por Victor Fleming e outros diretores não creditados, ...E o vento levou (levou) às telas o conturbado romance entre a intransigente e birrenta Scarlett O’Hara, interpretada pela bela atriz inglesa Vivien Leigh, e o irreverente e cínico Rhett Butle, interpretado pelo maior astro da época, Clark Gable. A Guerra da Secessão americana (confronto direto entre o sul e o norte dos Estados Unidos) apenas serviu de pano de fundo para contar a saga das duas personagens principais em conflito. Essa superprodução cinematográfica tem três horas e quarenta e dois minutos de duração, mas não conduz o espectador a nenhum estado de cansaço e tédio porque a sua história é convincente e suas personagens mostram-se reais e próximas de nós, apesar de sabermos que o que estamos vendo é ficção, e não realidade. O bom cinema a sociedade aceita, valoriza e agradece. A prova disso é que, na história da Sétima Arte, ...E o vento levou, até hoje, foi o único filme a decretar um feriado na cidade de seu lançamento, Atlanta/ Estados Unidos. Essa produção foi premiada com oito Oscar da Academia de Cinema - filme, diretor (Victor Fleming), atriz (Vivien Leigh), atriz coadjuvante (Hattie McDaniell, a primeira intérprete negra a ser premiada com um Oscar), fotografia em cores, montagem, roteiro e direção de arte. A música tema (inesquecível, por sinal) do filme concorreu ao Oscar de melhor música original, mas perdeu o prêmio para Over the rainbow (além do arco-íris), do filme O Mágico OZ. Parabéns pelos 90 anos do clássico dos clássicos ... E o vento levou. Viva o Cinema! Viva a Sétima Arte! Foto da coluna extraída do www.google.com.br.
Professor Jorge Barros