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Coluna Alan S. Santos – TÚNEL DO TEMPO

07/8

Na minha opinião, uma das coisas mais interessantes da vida é o passado. Logo eu que trabalho com tecnologia e ando completamente envolvido com coisas do futuro, aprecio conhecer os tempos passados. Desde criança sempre perguntei aos meus avós sobre suas origens, suas aventuras e experiências adquiridas. Comparando as histórias que ouvi com a realidade que temos hoje existem muitas diferenças. Pensar que no ano de 1916 minha avó com dois anos de idade migrou com seus pais de Itaquara/Ba para o Ribeirão da Mata (zona rural de Jitaúna) no lombo de um animal, dentro de um panacum apoiado em uma cangalha. Percorreram em torno 70km de distância a pé em um desconforto inimaginável para os tempos atuais.

E quantas diferenças surgiram principalmente nos últimos 40 anos. Da década de 70 para cá houve uma mudança muito grande na humanidade. Lembrar que na minha infância não existiam vídeo games, celulares, computadores, programas infantis, lojas de brinquedos, máquinas de sorvete, pizzarias. Pensar que só calçava Tamanco, Ki-Chute ou Conga e que as minhas calças e camisas eram feitas no alfaiate. Sabíamos até o nome dos tecidos: Tergal, Brim, Popeline...

Faltavam brinquedos, mas brincávamos muito. Picula, bobinho, baleado, esconde-esconde, boca-de-forno... também íamos aos cinemas aos domingos (Jequié possuía 2 cinemas). E tanto brincava como apanhava. Havia tempo determinado para tudo: Ai da criança que não cumprisse de maneira cronometrada as ordens dos pais: O correão estalava nas costas!

Acompanhei também muitas enchentes, chuvas de gelo e vendavais que derrubaram árvores e postes. Mas Jequié sempre foi uma cidade muito graciosa e tranquila. Jequié sempre foi uma cidade de família, de amizades, de paz. São muitas as lembranças que repasso para meus filhos. Você se recorda de alguma coisa de Jequié que não existe mais?

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