Coluna Jorge Barros | Cine Jequié, só restou a nostalgia

Foi - se uma grande e bela história. E o antigo prédio do Cine Jequié já não mais existe; foi-se a sua glória. Inaugurado no dia 07 de setembro de 1948 - portanto lá vão 76 anos completos de história -, ele foi um marco na jornada da sétima arte em Jequié. A sua arquitetura foi ao chão, lamentavelmente. Hoje, só nos restam vultos de lembranças; só nos restam memórias e nada mais. Quem diria, um ESPAÇO ARTÍSTICO que nos tempos idos já foi palco para grandes nomes da Música Popular Brasileira (MPB): Vicente Celestino, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Orlando Silva, Roberto Carlos e tantos outros, hoje é mais uma vítima da fúria do capital moderno e de administrações municipais (mais precisamente a partir da década de 1980) que desviaram o olhar da inteligência sobre esse belo espaço artístico-cultural; o olhar de administradores que não consideram a cultura e arte como vetores das transformações sociais e políticas, bem como da formação da cidadania. No tocante à sétima arte - filmes e seus gêneros -, o cine Jequié, por muitos anos, proporcionou à comunidade jequiense a exibição de películas (cinema analógico) com grandes astros e estrelas do cinema nacional e de Hollywood. Naquelas jovens tardes de domingo, como era prazeroso dar gargalhadas com as loucuras e atrapalhadas nas comédias de riso fácil com Grande Otelo, Oscarito, Dercy Gonçalves, Renata Fronzi, Zé Trindade e outros artistas de peso, que, lamentavelmente, hoje o cinema nacional não produz mais. Produções de Hollywood com seus astros e estrelas, no passado, coloriram a tela do Cine Jequié para o deleite daqueles consideravam o cinema como uma forma de entretenimento para o escapismo das lutas cotidianas da semana, bem como para reflexões de muitas histórias vistas na tela. Não à toa a vida imita a arte (ou a arte imita a vida?). Charles Chaplin com o seu eterno Carlito fazia o público ri e chorar simultaneamente; a beleza estonteante de Elizabete Taylor, na tela, nunca passava desapercebida; a bravura do cowboy Jonh Wayne assustava a todos; a rebeldia de James Dean em Assim caminha a humanidade deixava o público perplexo; Clark Gable, Vivien Leigh e Olivia de Havilland, em ...E o vento levou, formavam um trio perturbador. O grande cinema se foi; O cine Jequié reduziu-se apenas a uma bela história. Este texto contou com a significativa colaboração do historiador e cineasta Robson Roberto, que já produziu um belíssimo documentário sobre as glórias do Cine Jequié. Se você, que ama o cinema, ainda não o assistiu, assista-o.
Jorge BarrosDeixe um comentário:
Notícias Católicas Homem é encontrado morto dentro de casa no Bairro Primavera, em JitaúnaNotícias Católicas CV tenta matar diretor do presídio de Eunápolis; ele não estava no veículo, mas motorista levou três tirosNotícias Católicas Polícia recupera R$ 50 mil em porcelanato furtado por funcionário de loja em Vitória da Conquista
Veja também
Notícias Católicas Boa Nova | Prefeito Lucas Meira tem mais de 90% de aprovaçãoNotícias Católicas Dono de bar é preso em flagrante por manter rinha de galo em PlanaltoNotícias Católicas Suspeito é preso em Amargosa por corrupção de menoresNotícias Católicas Polícia Civil indicia taxista por forjar roubo de veículo em BelmonteNotícias Católicas Data de criação da Associação Comercial da Bahia inspira proposta para Dia Nacional do AssociativismoNotícias Católicas A SGA Sistemas está com vaga aberta para Técnico de Suporte a Software!