Coluna Jorge Barros: Adeus Rio das Contas, Adeus!

Se a tua morte não comove os políticos e administradores municipais inúteis, imbecis, incompetentes, corruptos e descomprometidos com a qualidade de vida dos moradores desta terra, pelo menos comove aqueles que sabem e têm consciência do teu papel e da tua importância para o meio ambiente, para o ecossistema, para o equilíbrio da natureza ( que é bela, por sinal) como um todo, bem como para a vida, que deve ser vivida em toda a sua plenitude e beleza. Dejetos humanos, produtos químicos nocivos, esgotos fétidos, lixo urbano, lama podre, a irracionalidade do homem e outros agentes criminosos sentenciaram o teu declínio e extinção; determinaram a tua morte lenta, fria e agonizante. Da tua nascente brota água salutar; do teu nascedouro brotam sinais de vida de um planeta agonizante (a terra); da tua origem nasce uma fonte inesgotável de energia e esperança. Mas, no teu caminho, no teu árduo caminho, colocaram pedras; na tua estrada, na tua longa estrada, fantasmas da morte ficaram de plantão dia e noite; no teu percurso sofrido, políticos miseráveis que só se preocupam com o próprio enriquecimento, não hesitaram (e não hesitam) em colaborar com o teu fim melancólico e dramático. O teu funeral está previsto para quando, Rio das Contas? Adeus Rio das Contas, adeus! Na tua lápide, escrever-se-á: † AQUI JAZ O RIO DAS CONTAS. NESTE TÚMULO, ELE DORME O SEU SONO INFINDÁVEL. LEMBRANÇAS ETERNAS DOS ECOLOGISTAS, DOS AMANTES DA NATUREZA E DE JEQUIÉ † Livros e filmes recomendados nesta coluna. Livros: Meio ambiente, poluição e reciclagem. 2ª. Edição. Autores: Eloisa Biasotto Mano, Élen Pachecoe Cláudia Bonelli, Editora Blcher; 2. O mundo fora do prumo – transformação social e teoria política em Shakespeare. José G. Ghirardi. Editora Almedina. Filmes: Metrópoles/1927, de Fritz Lang; 2. Galileu Galilei/ 1975, de Joseph Losey. Boa leitura e uma diversão com reflexão com os filmes.

Professor Jorge Barros.