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Coluna Jorge Barros: Amor sublime amor (West side story), um grande musical na versão de Steven Spielberg

01/10 Coluna Jorge Barros: Amor sublime amor (West side story), um grande musical na versão de Steven Spielberg

Nunca houve na história do cinema (ou dos musicais) um musical como Amor sublime amor, West side story, na tradução original. Produzido pelos estúdios da United Artists, em 1961, e dirigido por Robert Wise e Jerome Robbins, essa obra prima teve a ousadia de levar às telas de cinema uma adaptação livre e moderna de Romeu e Julieta, do genial poeta-escritor inglês Wiliam Shakespeare (1564-1616). No cinema, o gênero musical é definido pela narrativa fílmica através da dança, interpretação e do canto. É o gênero mais respeitado e amado por Hollywood. Em amor sublime amor, em vez das gangs formadas por Montecchio e Capuleto, nas ruas da antiga Verona, Itália, as gangs formadas pelos jeets (nova-iorquinos) e sharks (porto-riquenhos), nas ruas de Manhattan, Nova York. Na tragédia shakespeariana Romeu e Julieta, a bela e inocente Julieta, da família capuleto, apaixona-se por Romeu, da família Montechio; estas duas famílias arqui-inimigas por natureza, e movidas por um ódio visceral. Nessa adaptação livre e moderna para às telas, a personagem porto-riquenha Maria, interpretada Natalie Wood, apaixona-se pelo personagem nova-iorquino Tony (Richard Beymer). As primeiras sequências de Amor sublimem amor mostram uma Nova York do Século XX formada por ricos e pobres, por bairros luxuosos e miseráveis, bem como por nativos (os jets, os nascidos na cidade) e imigrantes (os shakes, os porto-riquenhos). A luta entre gangs rivais sempre termina em dor e tragédia. E nessa adaptação perturbadora, moderna e livre da obra de Shakespeare, não poderia ser diferente. Steven Spielberg aceitou o grande desafio de fazer o remak dessa obra, cinquenta e oito anos depois de seu lançamento e impacto no mundo da sétima arte. Mas logo Spielberg, que nunca dirigiu um musical antes! Mas logo Spielberg, que é responsável por obras primas como Tubarão, Os caçadores da arca perdida, E.T., Contatos imediatos do terceiro grau, A lista de Schindler, O resgate do soldado Ryan, Munique, Lincoln, A ponte dos espiões e outros filmes tão diferentes do gênero musical! Vamos aguardar o resultado final. Em Jequié, pelo que vem sendo amplamente divulgado, em breve teremos salas de cinema; e tomara que possamos assistir a essa nova adaptação da obra de Shakespeare em uma sala adequada, civilizada e moderna. Dicas de livros e filmes nesta coluna. Livros: 1. Cinema, do autor Ronald Bergan, da ZAHAR - Jorge Zahar Editor; 2. 1001 filmes para ver antes de morrer, do editor Steven Jay Schneider, Editora Sextante. Filmes: 1. Farrapo humano/1945, de Billy Wilder. Premiado com o Oscar de melhor filme e melhor ator para Ray Milland; 2. A mocidade é assim mesmo/1945, de Clarence Brown, e premiado com o Oscar de melhor atriz coadjuvante para Anne Revere. Boa leitura e bom divertimento com reflexão com os filmes.

Professor Jorge Barros

Contador de Cliques


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