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Coluna Jorge Barros: LANÇA O TEU PÃO SOBRE AS ÁGUAS

07/6 Coluna Jorge Barros: LANÇA O TEU PÃO SOBRE AS ÁGUAS

Em tempos de pandemia provocada pelo coronavírus (a peste chinesa), conselhos do sábio e rei Salomão no tocante à missão de dividir os bens: Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete e ainda até com oito, porque não sabes que mal sobrevirá sobre a terra. Estando as nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra; caindo a árvore para o sul ou para norte, no lugar em que cair, aí ficará. Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará. Conselhos estes extraídos do Livro de Eclesiastes no capítulo 11, versículos 1, 2,3, 4. O sábio e rei Salomão, sucessor do rei Davi, seu pai, ao trono de Israel, foi radicalíssimo em dar estes conselhos para o homem, para todos os homens do universo. Radicalíssimo no melhor sentido da palavra, quando ordena o homem dividir os seus bens, não só com um necessitado, mas com sete ou até oito necessitados. Se muitos não querem dividir seus bens com um necessitado, que dirá com oito deles! Ao lançar o pão sobre as águas, depois de muitos dias o homem o achará. Depois de muitos dias, o bem que foi feito, retornará; a mão que foi estendida na adversidade encontrará outra mão com igual atitude, também na adversidade. O que a humanidade toda está passando nestes dramáticos e desoladores momentos, atesta, de forma realista e contundente, que riquezas na terra não duram para sempre. Bens materiais só são bens materiais, e nada mais. No livro do apóstolo São Lucas, cap. 12, vs. 15, outra sentença radical, também no bom sentido da palavra: Então, Jesus lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. Clareza maior do que essa, impossível. No vale das sombras da maldição da peste chinesa (COVID-19), muitos já perderam fortunas; muitos hoje estão sem nada, ou quase nada; joias caríssimas já não se encontram mais em cofres seguros; poderosas empresas já fecharam as portas; aeroportos suntuosos estão entregues ao vazio e ao silêncio; contas bancárias desapareceram; carros caros e sofisticados já foram vendidos para pagamento de dívidas; empreendimentos poderosos já cancelaram o CNPJ; milhões de trabalhadores já perderam o emprego. Quantos dos que hoje estão sem nada, ou quase nada, no passado, jogaram pão sobre as águas? Quantos repartiram com seus semelhantes arroz, farinha, açúcar, carne, pão, feijão, ovos e leite? Quantos, em plena gozo de riqueza, luxo e fartura, escutaram a voz do vizinho necessitado ao lado? Quantos já pegaram seu carro de luxo para levar até o hospital o vizinho que morava na mesma rua? Este mundo dá muitas voltas; todos sabem disso. Este mundo poderia ser bem melhor do que é, se o egoísmo e o individualismo não tivessem dominado a raça humana. Até antes da maldição provocada pela peste chinesa, o homem pós-moderno só se preocupava em ter, e nunca em ser, não generalizando, obviamente. Para ele, o consumismo era uma deliciosa rotina. Os encontros em suntuosos Shopping Centers, não raro, só se resumiam em convivências fúteis, vazias e descartáveis. Muitos marcavam encontros em lugares de diversão, não para o diálogo prazeroso, edificante e humano, e sim para cada um viajar em seu mundo cibernético e mecânicos (redes sociais). E como será esse homem depois que a maldição da peste chinesa for dissipada? Ele será melhor ou pior? Eis uma realidade bastante cruel e fatal: Outras pandemias virão; tragédias piores já são anunciadas. A pandemia provocada pela peste chinesa não é a primeira, e não será a última, com certeza. Portanto, Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Dia 07, domingo, GRANDE CARREATA em defesa da vida, da abertura do comércio de Jequié, do emprego e contra a farsa do isolamento radical e do toque de recolher insano e criminoso. Vá com seu carro, sua bandeira verde e amarela, sua máscara e seu frasco de álcool gel. Saída do Terminal Aeroviário Vicente Grillo, às 15 h. Martin Luther King: O que me incomoda não é o grito dos maus, e sim o silêncio dos bons. À LUTA! Dicas de livros e filmes. Livros: 1. Os túneis - A história jamais contada das espetaculares fugas sob o Muro de Berlim (Muro da Alemanha Comunista). Greg Mitchell. 1ª edição, São Paulo: Vestígio, 2017; 2. PolÍtica – Aristóteles, Texto Integral. São Paulo: Martin Claret, 2004. Filmes: 1. O garoto (1921), Direção de Charles Chaplin. Com Charles Chaplin e outros. Uma obra prima do genial Carlito, no começo de sua brilhante carreira; 2. O último imperador (1987). Direção de Bernardo Bertolucci, com John Lone, Peter Otoole e outros. Vencedor de quatro Globos de Ouro e nove Oscar da Academia de Cinema, incluindo os de melhor filme e direção. Boas leituras e significativas reflexões os filmes. A NOITE TENEBROSA É DELES, MAS O ROMPER DA AURORA (O NOVO AMANHECER) É NOSSO.

Professor Jorge Barros.

Contador de Cliques


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