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Coluna Jorge Barros: No filme Marighella, Wagner Moura e Seu Jorge desconstroem a história e a memória do próprio Marighella

09/12 Coluna Jorge Barros: No filme Marighella, Wagner Moura e Seu Jorge desconstroem a história e a memória do próprio Marighella

Antes da narrativa sobre o título desta coluna, uma correção gramatical a fazer na coluna anterior. Nela, a frase “Assistir ao filme Marighela três vezes”, corrige-se para “Assisti ao filme Marighella três vezes”. A frase com o início da conjugação no pretérito perfeito em vez da frase com o infinitivo do verbo, obviamente. Feito isso, a caminho do assunto do dia. Durante toda a sua trajetória na sanguinária e violenta luta armada para a derrubada do regime militar, Carlos Marighella sempre associou esse regime ao imperialismo norte americano, que, para ele, era o retrato vivo da exploração das classes trabalhadores, da exploração do homem pelo homem, do capitalismo selvagem, da concentração dos meios de produção, da acumulação das riquezas nacionais, do capital hegemônico e da burguesia privilegiada e opressora. O próprio filme deixa isso bem claro; deixa isso claríssimo. Duas cenas do filme exibem o ódio visceral de Marighella aos Estados Unidos (país livre e de regime democrático), ao Imperialismo Ianque: a explosão de uma embaixada norte americana e o assassinato de um capitão do exército americano. Vagner Moura e Seu Jorge, na tela, afirmam que resgatam a biografia e a memória do guerrilheiro que incendiou o mundo; do guerrilheiro que lutava por todas as causas dos oprimidos das favelas, dos negros sem futuro definido, dos trabalhadores explorados nas fábricas e dos camponeses massacrados e sem-terra para o plantio e o cultivo. Será mesmo? Tudo ilusão e banquete da filosofia da vadiagem. Wagner Moura e Seu Jorge moram exatamente nos Estados Unidos, em Los Angeles, mais precisamente; moram exatamente na terra dos capitalistas opressores, odiados e detestados por Marighella até à medula. Uma pergunta presa na garganta de muitos: Por que Wagner Moura e Seu Jorge não foram morar em CUBA, na CHINA, na COREIA DO NORTE, na VENEZUELA? Como é bonito, poético, lírico, sonhador, romântico e pueril ser comunista em um país livre! Mas, ser livre em país comunista, não é nada possível! E quem quiser que tire a prova dos noves fora; hoje mesmo se assim desejar. Muitos artistas ricos e famosos e que se dizem comunistas, só fazem turismo em N. YORK, PARIS, ROMA, MADRI, SEVILHA, LONDRES, TÓQUIO...QUE BELEZA! QUE COMUNISMO AUTÊNTICO! COMUNISMO OPRESSOR PARA OS OUTROS, O DOCE CAPITALISMO PARA ELES! No painel desta coluna, à esquerda, o verdadeiro Marighella, à direita, o falso Marighella, o Marighella de Wagner Moura PROFESSOR JORGE BARROS

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