Coluna Jorge Barros: O AEROPORTO E A INCOMPETÊNCIA DA CLASSE POLÍTICA DE JEQUIÉ

Muitos jequieenses se perguntam: Por que outros municípios do interior da Bahia experimentam o doce sabor do progresso socioeconômico, enquanto Jequié está cada vez mais amargando a decadência econômica, política, social e cultural? Por que Vitória da Conquista, distante de Jequié por apenas 155 Km, desponta como uma das cidades mais prósperas do interior baiano, enquanto Jequié despenca no ranking das cidades mais desenvolvidas economicamente? Por que, segundo divulgação da própria imprensa, o governo do estado da Bahia assumiu o Aeroporto de Ilhéus, enquanto o de Jequié está em completo abandono, isto é, à margem da vida? Por quê? Por quê? Por quê? A resposta é muito simples: A decadência da sua classe política é culpada por esse estado de miséria e subdesenvolvimento; ela tem tudo a ver com estado de regressão que Jequié vem experimentando anos após anos. Essa reflexão não é uma hipótese; é uma teoria. Em 2009, a classe política de Vitória da Conquista pressionou de forma excessiva o governador Jaques Wagner para que o mesmo não criasse a Universidade Estadual do Rio das Contas (UNERC) e, por conseguinte, Jequié mais uma vez foi derrotada; continuou, em matéria de ensino superior, subalterna a Vitória da Conquista. A classe política de Jequié só cuida bem mesmo é de levar vantagem em tudo e sobre todos, bem como de se articular muito estrategicamente e malandramente para enganar o eleitorado em período de eleição. Você ainda tem dúvida disso? Nas diversas vezes em que o governador aqui chegou, alguém já presenciou ou já teve notícia de algum político jequieense cobrar do mesmo alguma Obra de Peso para Jequié? A classe política de Jequié já mobilizou a comunidade para ir em caravana a Salvador e cercar a governadoria, para cobrar do governador investimentos sérios e históricos para o progresso socioeconômico de Jequié? Certamente que não. Ela só cobra do governador, e quando cobra, miudezas, cestas básicas, agricultura de subsistência, pão, farinha, feijão e arroz etc. Ela (a classe política) só cobra do governador pequenos investimentos para sustentar a sobrevivência do cidadão comum. Essa cobrança não é incorreta. Porém, a função de uma classe política que se respeita e respeita o voto dada a ela, vai além dessa forma medíocre e provinciana no tratamento de questões políticas e eleitorais. Será que o executivo e o legislativo de Jequié estão esperando que uma tragédia aérea com mortes e feridos aconteça no decadente Terminal Aeroviário de Jequié para, quem sabe, despertarem de sua maldita e profunda inércia e atuarem como representantes políticos sérios e comprometidos com a sociedade jequieense? Perguntar não ofende. A foto desta coluna exibe a mobilização ocorrida em março de 2015, em defesa do Aeroporto de Jequié, da qual atuei como Coordenador Geral, com muito prazer e honra, diga-se de passagem. Ser grande é abraçar grandes causas (Williams Shakespeare)
Professor Jorge Barros barrosmjb@gmail.com ??;