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Coluna Jorge Barros: O Rio de Janeiro em transe, em vez de o Rio de Janeiro continua lindo (capítulo 5).

29/3 Coluna Jorge Barros: O Rio de Janeiro em transe, em vez de o Rio de Janeiro continua lindo (capítulo 5).

A morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do seu motorista, Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, sob intervenção federal, é uma prova inconteste de que esta cidade continua em transe, continua feia. Até quando? A ousadia dos criminosos é tanta que nem personalidades do mundo político e nem policiais são poupados. É o chamado Império do Crime na terra de Sérgio Cabral e sua trupe de ladrões do dinheiro público. As cenas de tiroteio entre policiais e bandidos armados de fuzis que nem o exército tem, supera, de longe, cenas de bang-bang do velho oeste americano. As ruas dos bairros de Madureira, Bangu, Bonsucesso, Belford Roxo, São Cristóvão, Olaria, Marechal Hemes, Bento Ribeiro, Copacabana; as ruas do Largo da Carioca, da Ilha do Governador, da Vila Kenedy, bem como das favelas da Rocinha, do Vidigal, do Pavãozinho, do Complexo do Alemão, de Parada de Lucas e de tantas outras não têm paz. Homens e mulheres do povo, que, sofridamente pagam os seus impostos, aprovam, declaradamente, que apoiam a intervenção federal. Por que os partidos que se dizem de esquerda não divulgam essa verdade? Os que são contra a intervenção argumentam que ela é um projeto populista do corrupto e impopular Michel Temer. Mas, quem raciocina logicamente, tem consciência de que isto agora é irrelevante. A operação agora é salvar as vidas que restaram. O PSOL é radicalmente contra a intervenção e a vereadora Marielle Franco, lamentavelmente, também era contra. Façamos agora uma simulação sobre um acaso do destino: Suponhamos que, no exato momento em que o carro dos assassinos se aproximou do carro de Marielle Franco, surgissem, no mesmo local, e tão próximo do carro dos assassinos quanto você queira imaginar, vários carros do exército para o exercício de uma blitz. Certamente, Marielle e seu motorista particular não tombariam em poças de sangue neste momento. E, quem sabe, outro atentado contra a sua vida e a do motorista nunca mais seria planejado. Uma pergunta inquietante e perturbadora: E, se realmente tudo isso acontecesse, o PSOL continuaria contra a intervenção federal? E que a intervenção federal continue para que outras vidas não sejam ceifadas de forma brutal do nosso convívio. Podemos ter bilhões de divergências políticas, filosóficas, históricas e ideológicas, mas é dever nosso a preservação da vida de todos. (Continua no capítulo 6)

Professor Jorge Barros.

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