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Coluna Jorge Barros: Os Miseráveis

24/7 Coluna Jorge Barros: Os Miseráveis

Desde quando reivindicar a revitalização de um aeroporto é um luxo? Por que alguns que não podem pagar uma passagem de avião se acham no direito de condenar aqueles que podem pagar com o dinheiro de seu trabalho? Por que mentes ruins, subdesenvolvidas e vazias só pensam em aeroporto como meio de transporte supérfluo? Por que essas mesmas mentes, que torcem tanto pelo atraso de Jequié, antes de tentar desconstruir uma narrativa em prol da revitalização do Aeroporto de Jequié, não se preocupam em fazer um estudo do desenvolvimento das cidades que têm um aeroporto em pleno funcionamento? Certamente porque elas se enquadram no contexto de uma das histórias do grande escritor francês Vitor Hugo (1802-1885): Os miseráveis. Com essa obra, ele se destacou no reino das palavras por escrever uma das mais tristes obras da literatura clássica universal. A obra Os Miseráveis aborda temáticas sociais, a figura do homem comum e a do herói popular. A narrativa desse romance desnuda a epopeia dos desfavorecidos, isto é, dos pobres, humilhados, famintos e injustiçados, numa Paris do inicio do Século XIX. Nessa trágica história, os miseráveis apenas lutam por um prato de comida e um abrigo onde possam repousar. Para você ter uma ligeira ideia dessa tragédia, uma das principais personagens, Jean Valjean, é sentenciada a 19 anos de prisão por ter simplesmente roubado um pedaço de pão para saciar a fome de seus sobrinhos. Na história de Os miseráveis, de Vitor Hugo, não se tem conhecimento de nenhum miserável lutar pelo desenvolvimento da sociedade em que vivia, de lutar pelo progresso de Paris e pela construção de uma civilização moderna, além de um pedaço de pão e um abrigo. E quem quiser que tome a sua carapuça. A luta pela revitalização do Aeroporto de Jequié continuará; mesmo que seja só no Blog de Junior Mascote. E, se você ama a sua cidade e deseja vê-la no mapa das civilizações desenvolvidas, engaje-se nessa luta, porque W. Shakespeare foi categórico em afirmar: Ser grande é defender grandes causas, e não o óbvio, o elementar.

Professor Jorge Barros

Professor Adjunto do Departamento de Ciências

e Tecnologia

UESB – Campus de Jequié

Contador de Cliques


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