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Coluna Jorge Barros: Panorama Visto da Ponte do Mandacaru (Parte II)

06/9 Coluna Jorge Barros: Panorama Visto da Ponte do Mandacaru (Parte II)

No Rio das Contas, águas fétidas e podres, esgotos, dejetos humanos e de animais, resíduos de fábricas e indústrias, lixo, entulho, substâncias tóxicas e águas turvas são visíveis a olho nu. Panorama pra lá de vergonhoso visto da Ponte do Mandacaru. Pasmem os senhores! Enquanto estudantes jequieenses de escolas públicas e particulares, entre quatro paredes, de forma exaustiva e cansativa estudam rios da Europa, Ásia, África, América, Oceania e da Antártida, o Rio das Contas jaz em seu túmulo silencioso e sombrio construído também pela própria sociedade jequieense. Repete-se aqui: A morte de um rio é a morte de um ecossistema; e, por conseguinte, tragédias e catástrofes não faltarão para todas as formas de vida que estão em torno dele. Outros rios, quem sabe em estado mais miserável do que o do Rio das Contas, já foram resgatados. Foram resgatados porque o sistema político e a sociedade uniram-se em torno de uma das mais importantes fontes de energia natural não poluente – o rio. Daqui até a eleição de 2018, certamente o governador Rui Costa virá a Jequié outras vezes. Que tal o executivo, o legislativo e as lideranças de organizações sociais o levarem até a Ponte do Mandacaru para que o mesmo se sensibilize e o Estado tenha participação direta na ressureição do Rio das Contas! Além de reivindicar somente miudezas e cestas básicas, chegou a hora das lideranças de organizações sociais e de toda a classe política de Jequié reivindicar ao governador grandes obras; caso contrário, os jequieenses ficarão sempre em busca da terra do nunca; em busca da terra do nada. Acredito que todos entenderam a mensagem, ou não? O pensador John Locke foi cruel e verdadeiro ao afirmar: Muitos se perguntam por que os rios são amargos, quando eles mesmos envenenaram a fonte.

Professor Jorge Barros

Contador de Cliques


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