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Coluna Jorge Barros: Recortes da Memória - Uma ponte longe demais

05/10 Coluna Jorge Barros:     Recortes da Memória - Uma ponte longe demais

Jequié, 122 anos (1897 – 2019) de emancipação política e administrativa. Lembrar é também resistir; resistir às incertezas; resistir aos desmandos políticos de políticos ruins, inúteis, “INCONPETENTES”, interesseiros, desonestos, bandidos e imbecis; resistir às tantas administrações ruins e desinteressantes que só têm trazido descrédito, desmoralização, desrespeito, desencanto, desmonte, destruição, desconforto, desilusão, a uma cidade que já alcançou o posto de terceira maior cidade do interior da Bahia, mas hoje não tem mais prestígio ante aos grandes projetos dos governos estadual e federal. Há rumores de que o governador da Bahia teria dito que o aeroporto de Jequié não recebe investimentos e reformas porque os montes que estão em seu entorno impedem. Seria isso verdade? Recusa-se acreditar nisso. Enfim, nós estamos enganados ou fomos enganados? Se não há nada (ou quase nada) a comemorar nesses tão longos 122 anos de história e luta, que se comemorem alguns traços deixados pela própria história e pelo tempo; tempo, que, alias, é implacável e inexorável. Do tempo e da história nos restaram: paisagens, construções, edificações, lembranças, rastros, relatos, anotações, memórias, testemunhas... Entre o Bairro do Joaquim Romão e o Distrito Industrial, a construção de uma ponte (1998-1999?). Não é a Ponte dos Suspiros, a Ponte do Mandacaru, a Ponte Rio - Niterói, a Ponte do Rio Kwai, a Ponte dos Espiões, a Ponte de Warterloo...Ela é uma ponte longe demais. Você já passou por essa ponte? Eu já tive o prazer de passar. E, ao passar por ela, cruzei com gente comum, gente do povo, gente simples, gente humilde, gente nossa, gente daqui, gente dali, gente do Mandacaru, do Joaquim Romão, gente do Distrito Industrial, isto é, gente como a gente, no contexto da poesia da insignificância. Livros e filmes indicados nesta coluna. Livros: 1. Samuel Beckett - O silencio possível, de Fabio de Souza Andrade, da AE – Ateliê Editor; 2. 1599 – Um ano na vida de W. Shakespeare, de James Shapiro, Editora Planeta do Brasil. Filmes: Júlio César/1953, de Joseph L. Mankiewicz, com boas leituras e um prazer imenso com os filmes.

Professor Jorge Barros

Contador de Cliques


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