Coluna Jorge Barros: SE ESSA PRAÇA, SE ESSA PRAÇA NÃO FOSSE NOSSA!

Se essa praça, se essa praça não fosse nossa! que pena que é! Essa é a Praça Rui Barbosa; um dos mais vergonhosos Cartões Postais de Jequié, em pleno Século XXI. Citam-se outros cartões: o Rio das Contas com sua podridão exposto dia e noite; o Shopping Center, a Cidade Babilônia, a vergonha da vergonha; o Rio Jequiezinho com sua lama e seu esgoto, visível a olho nu; o Módulo da Área de Saúde no mato e sob ação da corrosão feita pelo tempo, situado na área onde estão as clínicas do Curso de Odontologia - UESB; o Terminal Aeroviário Vicente Grillo, a serviço dos políticos que desgraçam e empobrecem o desenvolvimento de Jequié e Região; o Terminal Rodoviário, que mais parece um terminal de um arraial do que o de uma cidade do porte gigante de Jequié; o Teatro Municipal de Jequié, um espaço cênico que já viveu os seus dias de glória e de agitos artístico- culturais, mas hoje agoniza na zona de abandono e ostracismo; a Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, um espaço que leva o nome de um dos mais importantes e brilhantes poetas jequieenses, mas que pode ser chamada, sem problema nenhum, de Casa da Quentura e do vazio etc. Retorna-se à Praça Rui Barbosa. Ela já foi bela; em diversas fotos já exibiu exuberância, elegância, fino trato e paisagismo no melhor estilo europeu. Ela já foi motivo de orgulho para muitos jequieense, que, à noite, e também nos fins de semana, não hesitavam em sair de suas residências para passear e encontrar amigos. Ela também já foi a origem de muitos casamentos e uniões estáveis, pois, nela muitos casais se encontraram pela primeira vez, e o amor nasceu de um olhar, como sempre. Mas hoje a Praça Rui Barbosa está decadente, suja, maltratada, desfigurada, mais parecendo um matagal, empoeirada, desprestigiada, bagunçada, sem brilho, sem atrativos, com árvores jogadas ao tempo, bem como a serviço de um comércio ambulante desordenado e sem critérios etc. Diante de tudo isso, certamente a comunidade jequieense pergunta: Quais as atribuições, como funcionam, pra que servem e qual o papel das Secretarias de INFRAESTRURA e CULTURA E TURISMO? Quando um gestor administra uma cidade com COMPETÊNCIA e TRABALHO, a praça principal dessa mesma cidade fica reduzida a um estado de miséria? Este espaço está aberto para as devidas respostas, mas sem agressões, sem ataques e palavras depreciativas, porque o autor do texto assim se comportou. A crítica é um dos pilares do sistema democrático e participativo. Apesar de não ser filho desta terra, sempre lutei e continuo lutando para vê-la no grupo das grandes cidades da Bahia, tal como era na década de 40, a terceira maior cidade do interior baiano. Ser grande é lutar por grandes causas (Wiliam Shakespeare)
Professor Jorge Barros Ex-Presidente da Comissão de Implantação do Curso de Licenciatura em Artes com Formação em Teatro ou Dança e autor da criação da Coordenação de Cultura da UESB – Campus de Jequié