Coluna Jorge Barros: SE ESSA PRAÇA, SE ESSA PRAÇA AINDA FOSSE NOSSA!

Se essa Praça, se essa Praça ainda fosse nossa! Não é mais. A crueldade do tempo e a insensatez de alguns governantes em busca do paisagismo moderno e da prática da beleza roubada usurpam traços da história, que só resgatamos através de registros daqueles que se preocuparam em preservar o que esses próprios traços históricos tinham para contar. Na foto desta coluna, a beleza selvagem da antiga Praça Rui Barbosa (da década de 30 ou da década de 40?) exposta em um dia ensolarado. Mas, a máquina do fotógrafo, que não sabemos o nome, foi tão generosa que não quis deixar a luz do sol resplandecer de forma única, e sim um azul suave que muito lembra o azul de muitos filmes da Era do Cinema Mudo; mais precisamente o azul dos filmes do genial Charles Chaplin (Carlito). No centro dessa Bela Praça, a icônica, a lendária e a famosa Gameleira, uma árvore inesquecível. Bela Praça porque, ainda que muitos não queiram e não concordem, era bem mais bela do que a que a de hoje. Nessa velha Praça, sem calçamento, sem luz artificial, sem jardins modernos, pelo menos os jequieenses tinham o suave direito à paz, ao sossego, à tranquilidade e à harmonia dos sons que nela existiam -som da natureza, dos pássaros, dos homens conversando civilizadamente, das folhas e galhos da velha Gameleira e outros. A velha Gameleira e suas sombras. Sombras para o descanso de muitos viajantes; para o descanso de muitos caixeiros viajantes, que por estas terras vinham negociar seus produtos da parte do norte e da parte do sul deste Brasil imenso. O sol e o calor eram insuportáveis, mas com as sombras da velha Gameleira, a temperatura ficava amena. Ou não? Na velha e bela Praça Rui Barbosa, pedestres transitando tranquilamente de lá para cá e de cá para sem a perturbação de toques de telefone celular, barulho nocivo de carros em alta velocidade, som ensurdecedor e criminoso de carros de propaganda e sem a sujeira lançada ao chão. Como a modernidade fica muito a dever aos traços de um passado civilizado e ordeiro! Bons tempos que não voltam mais! Ao fundo da velha e bela Praça Rui Barbosa, velhos casarões ainda preservando um pouco o estilo neocolonial, trazido por italianos que em terras jequieenses fixaram residência. No lugar do casarão em destaque (o mais luxuoso), hoje está situado o prédio do Banco Itaú. Ah se eu pudesse voltar no tempo e passear um pouco por essa bela e velha Praça! Ah se eu pudesse voltar no tempo e descansar um pouco às sombras dessa velha e histórica Gameleira! Mas Isso são sonhos; e sonhos, sonhos são. A VELHA PRAÇA RUI BARBOSA E SUA ANTIGA GAMELEIRA EM ALGUM LUGAR DO PASSADO. Livros e filmes indicados nesta coluna. Livros: A arte sagrada de Shakespeare – O mistério do homem e da obra. Martin Lings. São Paulo: Polar Editorial, 2004; 2. Esperando Godot, peça de teatro. Samuel Becktt. São Paulo: Abril Cultural, 1976. Filmes: Carruagens de fogo (1981), dirigido por Hugh Hudson. Premiado com 04 Oscar: Filme, roteiro original, figurino e partitura original dramática; Perfume de Mulher (1992), dirigido por Martin Brest. Com Al Pacino, Chris O`Donnell e outros. Premiado com o Globo de Ouro e Oscar de melhor ator ( Al Pacino).
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