Coluna Jorge Barros: Um poema para a Ponte do Mandacaru; histórica e bela como sempre

Vista também do alto ela é bela como sempre; bela também ao alvorecer e ao entardecer de um novo dia. Por ela, dia e noite, passam homens, mulheres, jovens e crianças. Talvez sim, talvez não, todos eles em busca de novas e perdidas esperanças./ No passado, quando o seu destino ainda não tinha sido traçado, lamentos eram ouvidos nas bandas do norte e nas bandas do sul. Mas eis que, por força do destino e dos traços da história de um povo, um dia foi edificada a poética Ponte do Mandacaru./ O seu nome verdadeiro, Ponte Teodoro Sampaio, pouco importa para mim, para você e também para nós. O que importa é que, em dias felizes e em momentos de conflitos, ela é mencionada em cada voz./ Quantos anos, meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos ela tem? Mas quem é quer saber disso, se ela cumpre perfeitamente o seu destino conduzindo vidas de lá para cá, e de cá para lá, quando estas mesmas vidas outros destinos tentam buscar!/ Por baixo de sua pesada estrutura passa um rio moribundo que, no passado, era orgulho de quem sempre o admirou, mas hoje, vitima fatal de administradores políticos nocivos e “inconpetentes”, ele é apenas o retrato de um ecossistema que se deteriorou./ Casas, prédios, ruas e lugarejos que a cercam dão sinal de que a crença na vida continua, não obstante o desencanto de primavera. Dia após dia, os moradores que em torno dela habitam, esperam que em um novo amanhecer nasçam homens dispostos a pensar e a trabalhar por uma Nova Era.
Professor Jorge Barros