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Coluna Jorge Barros - Vergonha: o Shopping Center de Jequié no Reino-do-Faz-de-Conta

21/8 Coluna Jorge Barros - Vergonha: o Shopping Center de Jequié no Reino-do-Faz-de-Conta

Faça de conta que a foto desta coluna é do Shopping Center de Jequié. Também faça de conta que esse moderno Shopping Center se encontra em pleno funcionamento. Que maravilha! Fantástico! E, em pleno funcionamento, você pode entrar nele para passear, para comprar, para almoçar na praça de alimentação e para levar seus filhos a uma sala de cinema para assistir a um dos últimos lançamentos de Hollywood; você pode também levar a garotada a um parque de diversão. As lojas desse Shopping Center, em matéria de espaço, iluminação, refrigeração, acomodação e modernidade no atendimento aos clientes, não ficam nada a dever às lojas dos Shoppings de cidades desenvolvidas; cidades do porte de Vitória da Conquista, Ilhéus, Feira de Santana, Itabuna, Juazeiro, Barreiras, Salvador etc. Nesse Shopping Center tem também um espaçoso estacionamento para você acomodar seu carro ou sua moto; nele trabalham agentes de segurança para as devidas orientações aos consumidores e a manutenção da ordem; nele estão instaladas livrarias para você ler um bom livro e/ou tomar um café cappuccino com uma deliciosa torta de morango, ou de chocolate, como você preferir; lá você dispõe de diversos bancos para as suas operações bancárias etc. Acorde! Acorde! Porque esse Shopping Center não é de verdade, é um Shopping Center no Reino-do-Faz-de-Conta; é fictício. Ele é apenas uma ruína (foto) que simboliza as várias administrações municipais incompetentes e desastrosas que transformaram Jequié em uma cidade atrasada, subdesenvolvida, derrotada no tempo e na história. Perguntas que não querem calar: Quando o governador Rui Costa aqui esteve pela ultima vez, por que a classe política, as organizações sociais e comunitárias e representações classistas não o levaram às ruínas desse tal Shopping Center para, quem sabe, dali nascer o compromisso para a construção de um verdadeiro Moderno Shopping Center? Até quando Jequié vai permanecer nessa humilhação? Até quando a sociedade jequieense vai se contentar com Porca Miséria? Por que a classe politica, as organizações sociais e comunitárias e as representações classistas de Jequié se acostumaram a só reivindicar ao governador do estado miudezas (sabonete, presilha, novelo, alfinete, elástico, prendedor de cabelo, escova, pente, agulha, botão, dedal, tubo de linha, creme dental, zíper, óleo para cabelo, batom, brilhantina flor de maçã, creme para a mão, água de colônia alfazema garrão, shampoo, esmalte de unha, creme hidratante etc.)? Para quem aposta no subdesenvolvimento da cidade de Jequié deve estar feliz com o estado em que ela se encontra. Mas sempre é tempo de mudança e de transformações sociais. Tudo depende de mim, de você e dos outros. Pensamentos de Brecht: Nada é impossível de mudar, e perante um obstáculo, a linha mais curta entre dois pontos pode ser a curva.

Professor Jorge Barros.

Contador de Cliques


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