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Direção da Psiquiatria do HGPV diz que Diego não visitava a mãe

27/11 Direção da Psiquiatria do HGPV diz que Diego não visitava a mãe

Esclarecimento da Enfermeira Thainá Peleteiro, Coordenadora de Enfermagem da Enfermaria de Saúde Mental do HGPV, de acordo com informações coletadas dos Profissionais envolvidos no caso da paciente Marcele Pires e seu filho Diego Pires:

Desde antes do dia 15/11 o Dr. Anderson queria dar alta à paciente Marcele Pires, mas pediu para conversar com seu filho Diego antes, depois da conversa lhe orientou a comparecer diariamente durante uma semana à Enfermaria de Saúde Mental para o mesmo se inteirar da situação de saúde de sua mãe e poder colaborar melhor no tratamento, entretanto o mesmo só compareceu uma única vez no período da semana solicitada. No dia 23/11 (sábado às 11h) a paciente recebeu Alta Hospitalar, dada pelo médico Psiquiatra Eduardo Senhorinho. A Enfermeira Telma Valverde ligou diretamente para o seu filho Diego no sábado e orientou para ele vir buscar sua mãe, e o mesmo questionou quem havia dado alta, tendo lhe informado que foi o médico Eduardo Senhorinho, quando ele respondeu que não aceitava a conduta de Dr. Eduardo porque quem acompanhava era Dr. Anderson, neste momento a Enfa. Telma já havia comunicado ao Dr. Anderson da conduta de Dr. Eduardo o qual concordou plenamente e pediu para manter a conduta. Diego disse que não acreditava, mas disse que estaria indo à casa da mãe para arrumar e receber a mesma, a Enf. A enfermeira Telma fez quatro contatos com o Sr. Diego e por fim comunicou ao mesmo que estaria solicitando uma ambulância do HGPV para levar a sua mãe em sua residência e o mesmo disse que ela “fizesse como quisesse”. A Técnica Carla levou à Sra. Marcele Pires na casa da sua irmã para pegar a chave da casa mas não encontrou ninguém, assim Marcele pediu que a levasse até sua casa, lá chegando o seu filho Diego não estava e o cadeado da porta estava trancado, com isso a Sra. Marcele pediu ao vizinho que quebrasse o cadeado para que ela pudesse entrar, o que foi feito e a vizinha Norma assinou termo de responsabilidade de que estaria recebendo a Sra. Marcele e foi orientada sobre o uso das medicações e entregue medicamentos para uso até comparecimento ao CAPS além de ficha de contrareferência com todas as informações. Por volta das 16h30 do sábado o Sr. Diego compareceu ao à Enfermaria de Saúde Mental questionando porque tinha levado sua mãe para casa, ameaçando de morte a Enfermeira Telma Valverde e Carla Santos Souza, referindo que não teria nada a perder e que não tinha medo de ir parar no presídio. A Enfermeira e Técnica de Enfermagem foram até a Delegacia de Polícia Civil e registraram queixa contra o Sr. Diego Pires. Na segunda-feira pela manhã o Sr. Diego compareceu no Serviço Social dizendo que sua mãe estava desaparecida, e questionando a conduta da enfermagem. Imediatamente a Técnica de Enfermagem Carla Souza foi à casa da Sra. Marcele, mãe de Diego, e a encontrou em sua residência, orientada e tranquila, a sua vizinha Norma informou ainda que a mesma não havia saído de casa desde o sábado. Marcele informou à Técnica Carla neste mesmo momento que o seu filho Diego teria mandado lhe entregar um botijão de gás naquela segunda-feira pela manhã, antes de o mesmo ter se deslocado ao HGPV para informar que sua mãe estaria desaparecida. A Técnica Carla inclusive registrou o momento com fotografia para comprovar que a Sra. Marcele estava em sua residência, o que foi novamente repetido no período da tarde, dada a confusão. Quanto quem, e qual categoria profissional lhe fizeram o contato para passar a informação da alta hospitalar não cabe ao usuário interferir, pois se trata de questão interna do serviço e o objetivo foi atingido, que foi informar ao familiar acerca da alta hospitalar do seu ente. A evolução, prescrição e conduta médica dos pacientes internados no HGPV são realizadas pelo médico escalado e não pelo profissional de escolha do paciente ou familiar.

O CASO

Diego é enfermeiro e procurou o Programa Espaço Aberto da Rádio Cidade Sol FM, na manhã desta terça feira (26), para denunciar uma situação que aconteceu com sua mãe, paciente psiquiátrica que estava internada no Hospital Prado Valadares. Segundo Diego, a mãe dele recebeu alta médica no sábado (23) sendo levada até a residência a abordo de uma ambulância do HGPV, chegando ao local não tinha nenhum familiar em casa ficando a paciente aos cuidados da vizinha. Diego denunciou também que a mãe saiu do hospital sem que fosse informado no serviço social, outro erro é que a família também não foi comunicada. “Sou enfermeiro formado pela UESB, liguei para o médico e ele estava em aula e falou que depois entraria em contato com a família, quando foi às 16 horas fui informado que minha mãe foi deixada na porta de casa e não tinha ninguém para receber”, disse Diego. O fato foi denunciado no Ministério Público e a família espera uma explicação da direção do Hospital Prado Valadares.

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