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Coluna Jorge Barros: EU AMO A UESB, NÃO AO DESMEMBRAMENTO

16/11 Coluna Jorge Barros: EU AMO A UESB, NÃO AO DESMEMBRAMENTO

Já dizia um grande filósofo que é muito difícil libertar os tolos das correntes que eles veneram. Verdade absoluta! Quem venera a submissão, a escravidão, jamais verá a luz da aurora proclamando a liberdade e o progresso. No ano de 2009, na primeira gestão do governo de Jaques Wagner, uma grande luta se deu em prol da autonomia do Campus de Jequié – UESB em relação à administração do Campus de Vitória da Conquista. Em linhas gerais, a autonomia reivindicada consistia na criação da Universidade Estadual do Rio das Contas (UNERC). Se, naquele ano, a autonomia fosse conquistada, Jequié estaria hoje experimentando outros horizontes do progresso socioeconômico, sem dúvida. Eis a prova. O percentual que cabe ao Campus de Jequié no orçamento anual da UESB seria totalmente administrado pela nova universidade (UNERC), sem depender, é claro, da interferência de Vitória da Conquista. E, quando se administra o seu próprio orçamento, liberdade se tem para todas as ações e atendimento das demandas. A cidade de Jequié, hoje, teria mais cursos de graduação e de pós-graduação; demandas de ingresso no ensino superior da população carente da região seriam atenuadas; a economia do município estaria num patamar mais avançado; o mercado de trabalho estaria muito mais ampliado; intercâmbios científicos, tecnológicos e culturais com outras cidades do Brasil e do exterior seriam estabelecidos etc. Outrossim, a própria população, a comunidade acadêmica do campus, a classe política e as organizações sociais mostraram pouca força na luta pela criação da UNERC. E, como consequência disso, o Campus de Jequié continua escravo da administração de Vitória da Conquista, lamentavelmente. Nada acontece no campus sem o aval da administração central. Durante a luta de 2009, muitos alunos exibiam no peito, com orgulho, o adesivo da submissão: EU AMO A UESB, NÃO AO DESMEMBRAMENTO. Traduzindo: Não à criação da UNERC, eu prefiro ficar escravo da administração de Vitória da Conquista, e dela depender de tudo e não ter liberdade para nada. A foto desta coluna é um exemplo da ação dos tolos que veneram as correntes da escravidão. A foto é da construção do prédio, que fica atrás das clínicas do Curso de Odontologia, e que abrigaria o módulo da área de saúde (cursos de Medicina, Odontologia, Farmácia, Enfermagem e de Fisioterapia), iniciada no ano de 2006, mas está entregue ao completo abandono, isto é, está entregue ao mato, à chuva, ao sereno, ao sol, à noite, à poeira e ao relento. Porém, a construção do prédio do Curso de Medicina do Campus de Vitória da Conquista (implantado em 2004) foi totalmente concluída em 2006. Em 2009, como fui convocado para entrar na luta pela criação da UNERC, aceitei de imediato o desafio porque sempre lutei pelo progresso desta terra, apesar de não ser filho da mesma. Se quisesse ficar alienado e distante da luta, nenhuma acusação pesaria sobre a minha cabeça. Nasci em Salvador e lá já sou contemplado com várias universidades públicas e privadas. Portanto, não procede a acusação de que votei em Bolsonaro porque estou magoado com um tal partido( que o desqualifico tanto que até me recuso a citar seu nome) por não ter criado a UNERC, e eu ter perdido a chance de ser reitor da mesma; como se isso algum dia fizesse parte do plano da minha vida acadêmica. Quem perdeu com a não construção da UNERC foi a população de Jequié. Os idiotas nunca se dão conta de que a sua idiotice visceral produz um mal social que deixa rastros de desequilíbrio à construção do progresso e da civilização. Reprisando um grande filósofo: Como é difícil libertar os tolos das correntes que eles veneram. Também não custar nada relembrar: A NOSSA BANDEIRA JAMAIS SERÁ VERMELHA!

Professor Jorge Barros.

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