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Infiltrado na Klan - o filme de Spike Lee que você não deve deixar de ver

04/1 Infiltrado na Klan - o filme de Spike Lee que você não deve deixar de ver

Para não quebrar as regras quanto às críticas sobre o marasmo artístico-cultural que vive a cidade de Jequié nestes últimos anos, várias perguntas são formuladas: Até quando suportaremos o vazio e o abandono das artes em nossa cidade? Até quando viveremos privados do prazer estético da Sétima Arte (Cinema)? Quando o Teatro Municipal de Jequié será realmente o Teatro Municipal de Jequié? O que foi feito do Conselho Municipal de Cultura? Por qual estrada do Controle Social caminha o Conselho Municipal de Cultura? O Conselho Municipal de Cultura foi exterminado pela administração municipal? Quando a Casa da Cultura, inaugurada no dia 25 de outubro de 1984, sofrerá uma RADICAL REFORMA CÊNICA para estar a serviço de todas as vertentes da arte, dos artistas e de toda a sociedade jequieense? Por que as artes visuais, em Jequié, são apenas projetos mofados e esquecidos? Por que os artistas (eu estou incluído neste rol) jequieenses se calam diante de tanta mediocridade artística e de um escuro submundo cultural? O que aconteceu com a nossa capacidade crítica e liberdade questionadora diante de uma miséria latente do processo artístico-cultural em Jequié e de uma administração municipal fria e descompromissada com a arte e a cultura? Perguntas são perguntas; respostas são respostas. Com a palavra membros da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, da administração municipal e demais interessados no assunto. Vamos ao filme Infiltrado na Klan (BlacKKKlansman), Homem negro na Klan. Como em Jequié não há nenhuma sala de cinema (que pena!), você já pode assistir a esse filme, do diretor negro Spike Lee, em canais de TV que exibem filmes diversos e séries de produção de Hollywood. Neste comentário não se pretende dar espoliers (revelações básicas, na linha do estraga prazer), e sim, indicações essenciais sobre um filme que, certamente, não deixará você tranquilo após ter conhecimento de seu enredo, haja vista que questões e conflitos raciais nunca saíram (e não sairão nunca) de cena. Com um elenco de peso e afinado com o roteiro e a proposta do diretor, o filme consegue mostrar que, ao se tentar separar brancos de negros, nada mais se faz do que separar seres humanos de seres humanos, uma raça de outra raça e uma cultura de outra cultura. A imbecilidade dos membros da seita criminosa Ku Klux Clan assim vem procedendo desde o final da Guerra da Secessão (1861-1865), nos Estados Unidos, na tentativa de impor a ferro e a fogo a supremacia e a inteligência da raça branca. Spike Lee desmistifica essa verdade mostrando, de maneira sutil, como um negro, e muito negro por sinal, Ron Stallworth, infiltra-se na organização criminosa, recebe uma carteira de sócio da mesma e assume o posto de líder do grupo na cidade de Colorado Spriges. A inteligência da Raça Negra não tem limite.

Professor Jorge Barros

Contador de Cliques


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