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Jequié, 122 anos de emancipação política e administrativa: Há alguma história para ser contada?

20/9 Jequié, 122 anos de emancipação política e administrativa:  Há alguma história para ser contada?

No dia 25 de outubro do próximo mês, Jequié completa exatos 122 anos de emancipação política e administrativa. 122 anos longe, bem longe, de Maracás. No dia 25 de outubro de 1897, o grito de independência foi dado; e, a partir desse dia, numa abordagem mais ampla, o município de Maracás já não tinha mais controle das ações políticas, financeiras, sociais, históricas e administrativas do novo município. A liberdade não foi dada; foi conquistada. O colonizador nunca concede ao colonizado o direito à independência; ele nunca fornece meios e caminhos ao dominado e explorado, para que este possa construir seu próprio mundo e sua história social. Mas Jequié chegou lá, graças a bravura de grandes vultos históricos, que não se intimidaram diante das oposições e lutas contrárias à criação do novo município; e por que não escrever de um novo mundo? Um dos grandes heróis dessa história foi, sem dúvida, o mineiro, filósofo e escritor Lindolfo Rocha. Contudo, de lá para cá, que histórias Jequié tem para contar? Será que Jequié está na trilha do desenvolvimento? Será que os seus filhos podem se orgulhar de seus últimos prefeitos? Será que as últimas administrações municipais têm se empenhado no desenvolvimento econômico, social, artístico, cultural e histórico do município? Quando se coloca Jequié diante de: Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus, Feita de Santana, Juazeiro, Barreiras, Santo Antônio de Jesus, Cruz das Almas, Porto Seguro e outros grandes municípios, ele (o município) ganha ou perde nessa colocação? Faça também a si mesmo (mesma) essa indagação. Pelos traços urbanos e o visual da paisagem, exibidos na foto (em preto e branco, belíssima) desta coluna, tudo leva a crer que estamos diante de uma Jequié da década de 30. Será mesmo? De qualquer forma, a história é uma história; e esta deve ser radicalmente preservada, para que a memória também não seja roubada pelos administradores bandidos, infiéis e destruidores.

Professor Jorge Barros

Graduado em Matemática pela UFBA, em 1980.

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