LULA, A LAVA JATO, O JUIZ SÉRGIO MORO E O MEDO DA VERDADE
04/4

Antes da narrativa textual, urge esclarecer a todos e a todas, que se o presidente que governa o Brasil fosse do PSDB, DEM, PMDB, PMN, PTC, PTB, PSC, SOLIDARIEDADE ou de outro partido qualquer, minhas posições políticas e pessoais seriam as mesmas. Não tenho vínculo nem parte com o jogo sujo de políticos, com siglas partidárias e, tampouco, com bandidos que saqueiam o dinheiro da Nação (os nossos suados impostos).
Em algum lugar do passado já sentir orgulho de Lula, por incrível que pareça; votei nele para presidente em 2002. Era o Lula vindo das bandas do sofrido nordeste; que tomava café com farinha; que foi um operário sofredor; que passava fome; que viu muitos de seus conterrâneos sucumbirem por falta de alimentos; que viu de perto a face cruel da seca, e por aí vai. Tem mais: Era o Lula que, também, em algum lugar do passado, foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) – partido que pregava a ética e a moralidade na política e, como nenhum outro partido, combatia as chagas e o câncer da corrupção, que agitava as massas, que pediu o impeachment dos presidentes de José Sarney a Fernando Henrique Cardoso. Lembro-me também de um Lula que fazia de Norte a Sul, belíssimas e dialéticas Caravanas da Cidadania, que tinha como um dos objetivos convocar todos os brasileiros e brasileiros a participar do mundo da política. Outras saudosas lembranças do antigo Lula: ele, com o peito cheio de ar atmosférico, dizia com toda autoridade nos quatro quadrantes do Brasil que o Congresso Brasileiro era composto de 300 picaretas, isto é, eram pilantras que roubavam a Nação. E, para encerrar essas tristes lembranças, vem também à memória, o Lula comandando (não fugia) a poderosa greve dos metalúrgicos na Região do ABC (SP), em 1979; a primeira greve da categoria após o golpe de 1964. Esse mesmo Lula enfrentou com muita coragem, diga-se de passagem, o último presidente da ditadura militar, João Batista de Figueiredo, com todo o seu aparato bélico: fuzis, cães treinados, tanques de guerra, cavalos, balas, bombas, torturas, a violência explícita, pauladas, a morte, prisões e o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI – CODI), o mais temível órgão de repressão dos generais golpistas. Era o Lula em paz com sua consciência. Mas, hoje, Lula é outro Lula. Esse eu repudio. É o Lula que foge a passos largos do Juiz Sérgio Moro. Foge porque sabe que a sua consciência não o deixa dormir em paz. Não é à toa que Ricardo III, de Shakespeare, dizia: Consciência é uma palavra que os fracos inventaram para por temor nos fortes. Lula sabe que as suas amizades com os bandidos do Mensalão e do Petrolão (Operação Lava Jato), bem como o seu relacionamento com Sítio em Atibaia e o Tríplex no Guarujá, o comprometem muito. Os brasileiros que ouviram os seus diálogos e de alguns de seus companheiros, secretos, sujos e repugnantes, através de gravações que aconteceram por volta da meia noite (a hora mais escura), estão até hoje estarrecidos, perplexos. Tudo o que foi relatado antes faz com que Lula tenha medo da verdade e, por conseguinte, foge do Juiz Sérgio Moro; que é apenas um homem. E que pena que os seus seguidores frenéticos, intempestivos e fanáticos não conseguem ter consciência dos fatos e não encarem a verdade como ela é. Impeachment não é golpe. Se o impeachment de Dilma Rousseff acontecer, ela deverá culpar os deputados e senadores, os legítimos representantes do povo. A verdade é uma só. Se você inventar outra, jamais poderá prova-la (Jorge Barros). Professor Jorge Barros UESB – CAMPUS DE JEQUIÉ