Coluna Jorge Barros: Mais uma chuva radical, e outro dia de CAUS em Jequié.

O CAUS com u é proposital, para mostrar que a chuva radical, em Jequié, abala todas as estruturas, inclusive a gramatical. Na foto desta coluna, extraída de uma das redes sociais, o cidadão não está praticando natação no Rio das Contas, nem no Rio Jequiezinho; ele está praticando natação em um alagamento ocorrido em um dos bairros sofridos de Jequié, em consequência da última chuva radical que devastou a cidade. Mais um dia de CAUS. Mais um aviso de mãe natureza; mais um grito de alerta do meio ambiente; mais um sinal para todos aqueles que, advertida ou inadvertidamente, agride o ecossistema de todas as formas e de todas as maneiras, sem fazer nenhuma concessão, é claro. Algumas incontestáveis provas: O Rio Jequiezinho está morto; o Rio das Contas, hoje, resume-se em um fiel e triste retrato da decadência daquilo que um dia foi um grande rio que passou em nossas vidas, resume-se na falência de um processo de água corrente que no passado muito orgulhou os jequieenses; o desmatamento à beira dos rios e lagoas de Jequié é visível a olho nu; lixo, entulhos, sucatas e outros materiais imprestáveis e em decomposição são jogados em ruas, praças, jardins e em ouras localidades sem nenhum critério e cuidado; poluentes de quase todas as classificações químicas e biológicas são lançados no ar sem nenhum drama de consciência; o monóxido e o dióxido de carbono, derivados da queima de combustível nos motores dos veículos, destroem dia-após- dia a já tão escassa camada de oxigênio (o ar da saúde) etc. O homem do Século XXI, consumista, agressivo e rebelde por natureza, acelera cada vez mais o seu próprio apocalipse. Suportaremos quantas chuvas radicais? Suportaremos quantos dias de CAUS? Você decide. E Viva a liberdade de expressão!

Professor Jorge Barros