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Na premiação Oscar 2019, o filme Infiltrado na KLAN, do diretor Spike Lee, promete causar tumulto

28/12 Na premiação Oscar 2019, o filme   Infiltrado na KLAN, do diretor Spike Lee, promete causar tumulto

Antes das abordagens necessárias sobre o título desta coluna, continuamos a lamentar a pobreza, a escarces, o vazio e a miséria cultural de Jequié no tocante à Sétima Arte (Cinema). Que pena! Uma sociedade à margem de seus principais bens culturais e de uma linguagem artística (Cinema) como um elemento de formação do homem pode e deve ser considerada uma Civilização Morta; é o caso de Jequié, sem dúvida. Em Vitória da Conquista outro Shopping Center foi inaugurado, o Boulevard Shopping, e nele instaladas oito salas de cinema para o deleite dos conquistenses. Parabéns para Vitória da Conquista! Parabéns para o seu povo e para todas as suas administrações municipais que sempre lutaram pelo progresso da cidade – que, logo, logo, se tornará a segunda maior cidade do estado da Bahia. Esse é o meu desabafo e de todos aqueles que também se preocupam com o progresso de Jequié e Região. Vamos ao filme Infiltrado na KLAN. Dirigido pelo inquietante e perturbador cineasta negro, Spike Lee, esse filme toca mais uma vez nas feridas e nas desgraças causadas pelo racismo, tão contundentemente explícito nos Estados Unidos, após a Guerra da Secessão (1861-1865); guerra entre os estados do Norte industrializados e os estados do Sul escravistas e de economia rural. Uma das consequências dessa guerra insana e sangrenta foi o surgimento da mais terrível e temível seita racista até a medula que o mundo todo conhece pelo nome de KU KLUX CLAN; que significa supremacia branca acima de tudo e de qualquer lei e ordem. Um dos grandes trunfos desse filme é a história que ele narra sem fazer nenhuma concessão às verdades e as marcas da violência que devem ser colocadas na tela. Infiltrado na KLAN (BlacKKKlansman) tem o mérito de mostrar que até os mais radicais em defesa dos seus direitos (ou supostos direitos) podem ser enganados de uma forma muito simples, sutil e banal. A narrativa do filme (baseada em uma história real) mostra ao espectador que, no ano de 1978, a KU KLUX CLAN foi enganada, apesar da dos seus membros exaltarem a supremacia e a inteligência da raça branca. Ron Stallworth - ainda vivo e autor do livro que deu origem ao roteiro do filme -, um policial negro da cidade de Colorado Springs, resolve se infiltrar na KU KLUX CLAN de uma forma muito inteligente e também muita arriscada. Em um anúncio de jornal, ele descobre que a maldita seita está recrutando homens brancos para as suas fileiras. Sem hesitar, identifica-se como um homem branco e que alimenta um ódio visceral à raça negra. De imediato foi aceito como membro da organização macabra. Pelo telefone ele podia fazer contatos, mas, em reuniões presencias, não, obviamente. Para continuar com o seu plano perfeito, mandava às reuniões presenciais o seu substituto: um homem branco, judeu, policial e seu colega de repartição. Aguarde outros comentários sobre esse grande filme, que já está sendo chamado de o filme do ano.

Professor Jorge Barros

Contador de Cliques


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