O IMPEACHMENT DE DILMA E O CONCEITO RELATIVO DE DEMOCRACIA DOS FALSOS ESQUERDISTAS

Houve uma época em que no Brasil havia um coletivo expressivo de verdadeiros esquerdistas. Hoje, esse coletivo se reduziu a pouquíssimos, para não dizer que não se reduziu a nenhum. Nesse saudoso coletivo agregavam-se estudantes secundaristas e universitários, intelectuais, artistas, políticos, trabalhadores, operários, professores, cientistas etc. O mais longo dos dias da triste história da política brasileira, o dia que durou 21 anos – de 1964 a 1985, que o diga. Para os verdadeiros esquerdistas que viveram nesse dia de terror e miséria, o conceito de democracia era absoluto, sagrado, imutável. Para eles democracia era uma forma de governo que concedia a todos os cidadãos o direito de livre manifestação e de liberdade de escolha e, por conseguinte, iam às ruas contra os militares e tudo de ruim que eles representavam: regime autoritário, corrupção, destruição das estatais brasileiras, assalto aos nossos suados impostos, entrega das riquezas naturais brasileiras ao imperialismo norte americano e a outras potências imperialistas, excesso de ministérios para contemplar os amigos dos generais etc. Muitos desses esquerdistas deram a vida pelos ideais nobres da revolução; muitos foram assassinados; outros foram exilados; outros foram torturados; outros perderam bens, empregos, amigos e parentes. Li a história de alguns deles.
Hoje, o que se vê é diferente, muito diferente. O que se vê é um coletivo expressivo de falsos esquerdistas (estudantes universitários e do ensino médio, intelectuais, artistas, políticos, professores, trabalhadores, operários, cientistas etc) que se abrigam em um falso e degenerado conceito de democracia e apoiam o governo mais corrupto, bandido e desastrado que o Brasil República já teve até hoje: O GOVERNO DILMA ROUSSEFF/LULA. Uma prova incontestável disso: em todas as passeatas dos falsos esquerdistas, em nenhuma delas se enfatizou, através de bandeiras vermelhas, a condenação de Dilma pela criação de excesso de ministérios (39 no total), a luta pela preservação das estatais brasileiras e a expulsão e a prisão dos saqueadores da Petrobras e dos assaltantes dos nossos impostos. Democracia para eles é preservar o fracassado governo de Dilma Rousseff/Lula com todo o lixo e esgoto da política que o mesmo representa. Que pena que esses infiéis e alucinados esquerdistas não se conscientizam de que democracia é algo muito além de discursos vazios e politicamente incorreto. Em um deles, por mais absurdo que pareça, atestam que são estúpidos e imbecis; afirmando que impeachment é golpe. Democracia, num conceito real, é o exercido do direito, do dever, do respeito às instituições e do respeito à integridade da Constituição. É também o dever de preservar a ética e a moral na política e de administrar com fidelidade os recursos da Nação; Isso ninguém espere desse governo que já está com os dias contados. Se não acontecer no próximo domingo, 17, dia da votação do impeachment, acontecerá em outro dia, mas acontecerá, porque o Brasil é dos brasileiros. E, como diria Brecht: O homem, meu general, é muito útil. Sabe voar, sabe enganar e sabe matar. Mas tem um defeito, sabe pensar. Professor Jorge Barros UESB – CAMPUS DE JEQUIÉ.