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Palhaços da Corte de Williams Shakespeare - A poesia viajante invade ruas de Jequié (Parte II)

21/2 Palhaços da Corte de Williams Shakespeare - A poesia viajante invade ruas de Jequié (Parte II)

O maior palco é a rua. O palco rua não tem dimensões, não tem cortinas nem refletores. Diante do palco rua não ficam cadeiras e poltronas. Na rua está o homem comum, o homem do povo, o espectador mais fiel; na rua estão todos os conflitos, todas as ideias, todas as ideologias, todos os anseios. Na rua está a criança com o seu sorriso ingênuo e único. Na rua deve estar a arte com o seu compromisso e sua função. A rua deve ser o espelho da cultura com todas as suas tradições e ritos e com toda a sua história. Uma história traçada pela linha do tempo. A rua é o perfeito e completo lugar da poesia, do artista e da conscientização das massas populares. Shakespeare, com suas fantasias e hilariantes comédias de costumes (Sonho de uma noite de verão, Muito barulho por nada, Noite de reis, A comédia dos erros, As alegres comadres de Windsor e outras) ordenava que atores, palhaços, dançarinos, mascarados, caravanas mambembes, ocupassem as ruas para o contato direto com o povo e para a efervescência da arte tão próxima a ele (o povo): a arte poética do teatro. Os conflitos e embates que existiam na Inglaterra de Shakespeare, na Inglaterra da Renascença, existem ainda hoje em qualquer rua. Estamos em uma Nova Era, mas o homem continua o mesmo. O homem não mudou, não muda e não mudará nunca.

Professor Jorge Barros.

Contador de Cliques


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