Personagem do romance Antonio Burokô, Mãe Nininha Preta é homenageada com círculo de leitura e caruru nos seus 99 anos de idade

No próximo sábado, dia 27 de janeiro, 19h, o Projeto Burokô - Leituras de Resistência nos Terreiros de Candomblé realize círculo de leitura do romance Antônio Burokô, de Domingos Ailton, no terreiro de uma personagens do livro, Mãe Nininha Preta, que completa quinta-feira, dia 25 de janeiro 99 anos de idade. A mãe de santo viva mais antiga atualmente na Bahia, Mãe Nininha Preta terá um caruru também em homenagem ao seu aniversário. Odilia Francisca de Oliveira ( nome de batismo de Mãe Nininha Preta), é testemunha do período de perseguição policial aos terreiros de Candomblé nas décadas de 1930 e 1940 em Jequié. Ela e a filha de santo, Maria Xangô, testemunharam também da força espiritual do mitológico pai de santo Antônio Burokô, protagonista do romance de autoria do escritor jequieense Domingos Ailton. “Segundo narrativas delas, Antônio Burokô fazia o jipe da polícia (que ele chamava de cavalo de ferro) ficar rodando a noite inteira sem encontrar o terreiro porque o som dos atabaques saia de diferentes locais da cidade, e até botou o delegado Anibal Cajabia e os soldados para sambar na ocasião que adentraram o seu espaço sagrado”, conta ficcionista, que transformou o episódio em cena do romance.