policial rodoviário federal relata o que viu no acidente que morreram 34 pessoas
Mais uma vez, só que agora uma catástrofe automobilística, outro acidente soma-se à minha carreira de Policial Rodoviário Federal. Achei que ja tivesse visto de tudo em relação a acidentes. Este, certamente ficará marcado em minha memória e em todo o país.
Apesar de o acidente ter acontecido no trecho pertencente ao Posto PRF de Milagres, distante 94km do local, fui o segundo PRF a chegar. A princípio, desloquei-me ao Hospital Prado Valadares para fazer o teste do etilômetro no motorista causador (depois fiquei sabendo que o mesmo tinha sido encaminhado para o hospital de Jaguaquara). Ao chegar lá, ninguém havia condições de falar nada, todos os socorridos, segundo os plantonistas, estavam com traumatismo. Imediatamente fui para o local, pois o colega que ficou no posto de Jequié, havia uns dez mortos (segundo informações de terceiros). Chegando lá, pude constatar que já haviam dezoito, já retirados das ferragens, e ainda mais alguns presos naquele monte de ferros retorcidos, misturados a uma grande quantidade de gesso em pó. Voltei a entrar em contato com o colega baseado em Jequié e, passei a nova realidade. Pois, o mesmo atendia aos telefonemas a todo o momento (das rastreadoras que monitoram os caminhões com perca de sinal, que foram muitos, das empresas de ônibus, entre outras).
A minha maior indignação foi contra a ação dos saqueadores de cargas, principalmente daquela localidade do Km Cem. Infelizmente não há efetivo o suficiente para cobrir o acidente, orientar o trânsito (“segurar” os apressadinhos), fazer batedor para o transporte das bagagens para um lugar seguro e, principalmente, conter a fúria dos desumanos que não estão nem aí para a vida alheia. Ainda assim, com apenas dois policiais rodoviários, conseguimos localizar escondidas nos matos, quase duzentas caixas de mercadorias diversas, as quais foram devidamente entregues ao inspetor da companhia de seguros, pois o mesmo presenciou os nossos esforços. Infelizmente não foi possível prender nenhum dos saqueadores. Os mesmos parecem calangos correndo por debaixo dos matos. Esta situação precisa ser mudada. Enquanto não houver prisões, flagrantes, etc. os mesmos continuarão na impunidade e, certamente, esse rol de meliantes só irá aumentar.
Enquanto a questão de quem foi o culpado ou não no acidente, antes quero deixar claro e evidente que naquela situação, naquelas circunstâncias em que os veículos se encontravam, seja lá de que empresa for não havia saída. De fato, o ônibus subia corretamente, na faixa do meio (duas subindo), fazendo manobra de ultrapassagem, em uma curva à sua esquerda; a outra carreta (a que teve parte da carga saqueada), momento em que desceu de forma imprudente, pela contra mão de direção (ainda não se sabe realmente o motivo), outra carreta, carregada de gesso, atingindo o coletivo quase que 100% frontal, provocando aquele desastre.
Quero aproveitar o espaço para parabenizar as equipes do Corpo de Bombeiros, Viabahia, SAMU, DPT, entre outras que participaram direto e indiretamente, no desenrolar do sinistro no local.
carlossouza28@yahoo.com.br
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