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Projeto baiano de remição de pena pela leitura concorre ao Prêmio Innovare

13/7 Projeto baiano de remição de pena pela leitura concorre ao Prêmio Innovare

Projeto baiano de remição de pena através da leitura desenvolvido no Conjunto Penal de Itabuna concorre ao Prêmio Innovare edição 2022. O ‘MP Educa Relere – Remição, Letramento e Reintegração’ atende atualmente 20 educandos e tem o objetivo de proporcionar acesso a informações e discussões temáticas que possam contribuir para o processo reintegrador das pessoas encarceradas, fortalecer o processo educacional dos internos e estimular a construção da cidadania, a educação em direitos humanos, uma concepção feminista de mundo e a resolução pacífica de conflitos. Idealizado pela promotora de Justiça Cleide Ramos, o Relere oferece aos participantes oficinas de cidadania e fomenta a leitura de livros pré-selecionados. O projeto recebeu a visita de consultores do Instituto Innovare na última semana. Outro benefício já constatado pela promotora de Justiça foi o despertar do interesse dos participantes do projeto pelos estudos. Segundo ela, desde o início de Relere, foi constatado um aumento no número de matriculados na escola. Atualmente, o Conjunto Penal conta com 898 pessoas encarceradas, sendo que 526 delas estão matriculados na educação formal. Destes, 311 participam de projetos de remição da pena pela leitura. Além disso, 354 estão inscritos no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), informa Cleide Ramos. Ela destaca ainda que oito educandos foram aprovados no último Enem e cinco no Sisu com vagas para a Universidade Federal do Sul da Bahia pelo sistema de cotas, os quais aguardam decisão judicial para frequentarem a universidade. A educanda J.R.S relata que o Relere despertou nela a autovalorização, o respeito a si e ao próximo e contribuiu com o desenvolvimento da sua comunicação e socialização. “Aprendi a administrar os meus pensamentos e meus valores, a conviver, a dar valor as minhas palavras”, afirma ela. Já F.S.P destaca o prazer em participar do projeto. “Tenho uma mente muito atrasada e o Relere mexe com a mente, abre pra questões de gênero, patriarcado e feminismo”, disse ele agradecendo a oportunidade.

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