PROPAGANDA COMERCIAL EM JEQUIÉ NA TRILHA DO “MUITO BARULHO POR NADA”

Em tempos de globalização, a visão de empreendedorismo e de um comércio dinâmico e próspero não é uma questão de modismo, e sim de necessidade, de competência. Já se foi o tempo em que as relações comerciais entre vendedor e comprador limitavam-se em uma pequena área através de uma simples via de comunicação. Hoje, praticamente, todo mundo compra tudo em qualquer lugar. Não há mais limite para se fazer compras nem vendas. Daí erra quem ainda quer manter uma visão de comercio antes da “Era da Rede Mundial dos Computadores”. O que o cliente quer encontrar no estabelecimento comercial é um bom atendimento, variedade de produtos e preços vantajosos. Estes três itens, em si, já é uma excelente propaganda. De nada adianta o comerciante jequieense fazer circular pelas ruas, praças e avenidas, carros de som que fazem barulho além do permitido por lei; numa atitude de total desrespeito aos direitos do cidadão (e da cidadã) ao silêncio e à harmonia sonora. Muitos jequieenses se dirigem a Itabuna, Ilhéus, Santo Antônio de Jesus, Vitória da Conquista etc porque aqui, além de não encontrarem preços compensadores e outras vantagens, já não suportam mais o barulho atroz de carros de propaganda e caixas de som em portas de lojas. Segundo estudos da Sociedade Brasileira de Otologia, o ouvido humano só é capaz de suportar até 90 decibéis. Além desse limite, o ouvido pode sofrer danos, e o indivíduo pode ter perda auditiva. A poluição sonora em Jequié está insuportável, desumana. Já passou da hora das autoridades e órgãos competentes tomarem providências. A propaganda com som pode ser feita, mas dentro do LIMITE ACEITÁVEL. FORA DELE, É O QUE SHAKESPEARE CHAMA DE “MUITO BARULHO POR NADA”.
Professor Jorge Barros Presidente da Comissão de Mobilização Em Defesa da Criação da UNERC.