×

Secretaria de Saúde e Controladora serão convocadas na Câmara para prestar esclarecimentos.

07/4

Na sessão de quarta feira (06) a câmara aprovou por unanimidade o requerimento conjunto dos Vereadores Soldado Gilvan e Pé Roxo da comissão de saúde da câmara que convoca a secretaria de saúde Juliena Cayres e a Controladora Edjaneide Matos para prestarem esclarecimentos a cerca de suas pastas e dos graves problemas na saúde. De acordo com a Lei Orgânica no artigo 37, sendo convocados, o não comparecimento configura crimes de responsabilidade. Vejam abaixo dentro de cada área específica, o que Jequié poderia ter e NÃO TEM, por incompetência, inércia e irresponsabilidade da péssima gestão:

NA ÁREA DE SAÚDE DA FAMÍLIA:

Jequié poderia ter:

- Maior cobertura. A cobertura atual não chega a 55% da população. Os conjuntos habitacionais são totalmente desassistidos, quanto aos serviços básicos. Milhares de cidadãos não dispõem de acesso à vacinação, pré-natal, acompanhamento das crianças e dos hipertensos e diabéticos. Vão aos Centros de saúde, mas enfrentam longas filas, agendamentos intermináveis, quando conseguem chegar até o serviço.

- NASF (Núcleo de Apoio ao Saúde da Família). Cidades menores como Maracás e Jaguaquara têm NASF e Jequié nem começou a implantar.

NA ÁREA DE SAÚDE DO ADULTO:

Jequié poderia ter:

- Central de imagens e apoio diagnóstico. Os usuários vão à consulta médica, mas não conseguem retornar com os exames, pois não realizam raio X, ECG, USG, Tomografia, ressonância e outros. Quando conseguem é muito tempo depois já com seus problemas de saúde agravados;

- Central de Especialidades Médicas. O Jequieense tem séria dificuldade para conseguir uma consulta com especialista (ortopedista, cardiologista, Pneumologista, cirurgião geral, neuropediatra, dermatologista...). Algumas dessas não serão feitas, porque pelo SUS não faz e o paciente não tem como pagar;

- Melhor oferta do serviço de controle das DST. O Centro de referência no Mandacaru sofreu uma reforma que nunca foi concluída. A equipe de sete profissionais atende aglomerado em um anexo do Centro Sebastião Azevedo, sem a menor estrutura. Falta medicação, falta apoio diagnóstico, falta Infectologista;

- Maior visibilidade e fortalecimento do CEREST (saúde do trabalhador). O CEREST é sucateado. Nenhuma ação é divulgada. Nenhum investimento é feito, para expansão do cuidado à saúde do trabalhador. Os ambientes de trabalhos não são avaliados. Nenhum trabalho de prevenção e controle dos agravos relacionados ao trabalhador é feito;

- Serviço de Reabilitação estruturado (NUPREJ). O Núcleo de Prevenção e Reabilitação não avançou com o tempo. Não oferece órteses, próteses, a equipe está incompleta. Poderia ser credenciado como CER II, III ou quatro (esse último com apoio ao deficiente auditivo, físico, intelectual e visual), mas Jequié não tem conseguido nem atender ao deficiente físico;

- Maior oferta de leitos hospitalares. O Jequieense “pena” sem conseguir internamento. A demanda vai toda para o HGPV, que está sobrecarregado. A regulação é inoperante. Faltam leitos de UTI, clínica médica, cirúrgica, obstetrícia...;

- Oferta de cirurgias eletivas. O Jequieense não consegue realizar cirurgia eletiva, especialmente, problema com cálculos na vesícula, cálculos renais, ligadura, histerectomia, vasectomia...;

NA ÁREA DE SAÚDE BUCAL:

Jequié poderia ter:

- CEO tipo II (Centro de Especialidades Odontológicas – com 4 a 6 consultórios odontológicos). Já fomos tipo II, hoje o CEO funciona precariamente como tipo I (03 consultórios) sem equipamentos e insumos;

- Serviço de saúde bucal na zona rural. A zona rural está 100% desassistida quanto à Saúde Bucal.

NA ÁREA DE SAÚDE DA MULHER:

Jequié poderia ter:

- O hospital da Mulher ou um Centro de Referência para a Mulher. Em Jequié não tem como atender uma mulher com alteração inicial do preventivo (NIC II, III); a rede cegonha funciona de modo precário, com resultados de exames do pré-natal atrasados. Por vezes, a gestante vai ganhar o bebê sem ter recebido seus resultados. O número de casos de sífilis congênita aumentou, por falha, muitas vezes, no pré-natal.

NA ÁREA DE SAÚDE MENTAL:

Jequié poderia ter:

- Descentralização dos medicamentos controlados: os medicamentos são fornecidos apenas no campo do América (quando tem), dificultando o acesso da população;

- Residências terapêuticas. As “moradias” foram regulamentadas desde 2000 para egressos de pessoas com transtorno mental que saíram de internações e perderam vínculos sociais e familiares. Municípios vizinhos como Vitória da Conquista já dispõe há muito tempo desse espaço na saúde mental, enquanto Jequié nem sequer pensou a respeito;

- CAPS IA (Infância e adolescência), CAPS III e CAPS ADIII. Os CAPS funcionam de forma precária, com falta de profissionais, recursos e insumos. A demanda de usuário de drogas é crescente e não se vê um trabalho efetivo na cidade. O acesso da população é obscuro e difícil. As crianças são desassistidas. Não há apoio psicológico, nem social.

NA ÁREA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE:

Jequié poderia ter:

- Um maior número de agentes de endemias. O número de agentes é insuficiente e os que estão atuando enfrentam a falta de recursos, no combate à endemias, como Dengue, Zyka e Chikungunya.

NA ÁREA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA:

Jequié poderia ter:

- Um pronto atendimento 24h. Jequié já teve um serviço de pronto atendimento, mas encontra-se fechado desde 2013. Há uma carência enorme desse serviço;

- Melhor tratamento ao Serviço Móvel de Urgência (SAMU). Veículos sucateados, sem manutenção, falta de material e de pessoal (técnicos de enfermagem...).

Fonte:G9-Grupo de Vereadores de combate a corrupção.

Contador de Cliques


Deixe um comentário:



Captcha