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UMES debate segurança pública nas escolas

13/6 UMES debate segurança pública nas escolas

A taxa de homicídios entre jovens de 15 a 29 anos e quase quatro vezes a verificada entre as entre outras faixa etárias na cidade de Jequié , o que reforça a tese de que está em curso um genocídio da população jovem. Essa é uma das constatações do relatório final de um levantamento feito pela UMES- União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Jequié e Região em nossa cidade sobre o Assassinato de Jovens. O texto foi apresentado nesta semana em reunião da diretoria da entidade que trabalha com a classe jovem estudantil, o texto foi aprovado incorporando as sugestões propostas pelos participantes do debate a ser apresentado ao poder executivo, legislativo e judiciário da comarca de Jequié. O relatório final sugere três principais ações: um Plano municipal de Redução de Homicídios de Jovens, transparência de dados sobre segurança pública e violência e fim dos autos de resistência (termo utilizado por policiais que alegam estar se defendendo ao matar um suspeito). A desmilitarização da polícia é outra recomendação do documento. A comissão, instalada em abril e 2015, ouviu milhares pessoas e todos os bairros e distritos da cidade . De acordo com dados apurados pelo grupo, o homicídio continua sendo a principal causa de morte de jovens sendo negros, pobres, moradores da periferia. Checamos a conclusão que os diversos problemas relacionados à gestão da Segurança, junto com a falta de políticas públicas para a juventude e a decadência na educação básica municipal que tinha mais de 20 mil estudantes matriculados na sua rede e hoje são apenas 13 mil nos apuramos que Pública uma forte necessidade de criação de um protocolo de ações básicas, para que o município e estado atuem de forma coordenada. Entre as diretrizes para elaboração do Plano municipal de Redução de Homicídios, está priorizar esforços e recursos em bairros selecionados com taxas maiores de vulnerabilidade social e econômica. A UMES constatou em logo a importância do documento para reduzir as mortes da população jovem através de medidas concretas, como o Plano municipal de Enfrentamento aos Homicídios. “Diante da conjuntura municipal de retrocessos, inclusive na educação nas ultimas administrações que do poder executivo de Jequié nota-se que e extrema importância apontar dados e investigar os principais fatores do nosso contexto social. Os números mostram que há um verdadeiro genocídio da juventude nas periferias, nosso estudo também vem para discutir, mas também, resguardar esse nosso direito de viver e sonhar”. A criação de um protocolo único para registrar autos de resistência está entre as recomendações do relatório final da UMES, assim como a criação de um banco de dados municipal com indicadores consolidados e sistematizados de violência. Autos de resistência são os registros de mortes ocorridas em supostos confrontos nos quais o policial afirma ter atirado para se defender. Dados apresentados apontam que, nos assassinatos cometidos por policiais no durante confronto com suspeitos, 99% dos casos são arquivados sem investigação, e em 21% dos casos as vítimas tinham menos de 15 anos. Para alguns especialistas, o dispositivo permite a violência aos direitos humanos sem que isso seja considerado violação grave, além da remoção de cadáveres sem perícia, do impedimento e ausência de socorro das vítimas, da ausência de investigação ou de perícia autônoma. Tudo isso, segundo argumentam, somado à culpabilização da vítima e à contribuição do Ministério Público e do Judiciário pelo arquivamento desses processos no prazo de até dois anos, sem punição dos agentes responsáveis. A policia que mata não pode ser a policia que investiga. O problema investigado e denunciando pela UMES, uma “guerra civil não declarada” e um “extermínio da juventude pobre”, é confirmado pelo mapa da violência no Brasil que revela: 56 mil pessoas são assassinadas anualmente. Mais da metade são jovens e, destes, 77% são negros e 93% do sexo masculino. As vítimas com baixa escolaridade também são maioria. Além disso, a arma de fogo foi usada em mais de 80% dos casos de assassinatos de adolescentes e jovens.

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