Coluna Jorge Barros: Judas e o Messias Negro - Um filme sobre o movimento dos Panteras Negras derrotado exatamente por um negro

Explicando o óbvio: Os termos Messias e Judas são utilizados no título do filme para designarem um líder que luta pelo seu povo e pela libertação dele, e um traidor sem nenhum caráter. Termos bem escolhidos. Cinema não é só diversão; cinema não é só entretimento. Desde que foi inventado, no final do ano de 1895, pelos irmãos Auguste e Louis Lumière, na Paris da Belle Époque, o cinema registrou, inicialmente, imagens ordinárias do cotidiano de pessoas comuns para, logo após, beber na fonte da literatura, da música e do teatro. E, a partir daí, retratar a vida como ela é: vida cheia de conflitos morais, sociais, políticos, históricos e psicológicos etc. Depois dessa digressão - discussão de um tema alheio ao título proposto -, vamos às abordagens sobre Judas e o Messias Negro, do diretor Shaka King, e baseado em fatos reais. Nos conturbados anos 60 surge nos no Estados Unidos o movimento dos Panteras Negras; movimento em ampla defesa dos diretos básicos e civis dos negros: casa, comida, educação, saúde, assistência social, liberdade de expressão, liberdade de ir e vir...Porém, criar um movimento negro ( Partido dos Panteras Negras, mais precisamente) em defesa dos negros em uma sociedade racista por natureza e por excelência, não é tarefa fácil nem aceitável pela repressão policial e a justiça corrupta da época. A narrativa de Judas e o Messias Negro (Judas and Black Messiah, título em inglês) ousa mostrar ao espectador que nem sempre um branco derrota um negro, ou os negros. É o caso do negro William O’ Neal, brilhantemente interpretado por LaKeith Stanfield, que, para não ser preso pela polícia corrupta de Chicago, após uma tentativa de assalto, aceita se infiltrar no seio do movimento dos Panteras Negras, para tão somente derrotar o movimento e aniquilar o seu líder. Missão executada no final. O líder do movimento é interpretado pelo excelente ator Daniel Kaluuya, de corra (2017), Pantera Negra (2018). Pergunta que não quer calar: Por que o próprio movimento negro dos Estados Unidos nunca trouxe essa história à tona? Porém, se o infiltrado, o traidor (o judas) fosse um homem branco, talvez a exposição dela fosse outra. Mais informações sobre esse filme, torna -se excesso de spoiler. Assista-o e tire as suas próprias conclusões. Assistiremos a Judas e o Messias negro em uma das salas de cinema de Jequié? Essa produção concorreu a oito Oscar/2021 da Academia de Cinema, mas saiu-se consagrado apenas nas categorias de ator coadjuvante (Daniel Kaluuya, impagável) e melhor canção original: Fight for you. Vale apena conferir.
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