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Documentarista baiano vai registrar imigração

28/6 Documentarista baiano vai registrar imigração

O documentarista baiano Dado Galvão chegará a Roraima por esses dias, onde realizará atividades culturais e humanitárias em apoio aos imigrantes venezuelanos. O trabalho será feito por meio da Missão Ushuaia Venezuela, e acontecerá a partir das 9h30 do dia 1º de julho na Rodoviária Internacional de Boa Vista e no mesmo horário do dia 02, no posto da polícia Rodoviária Federal e próximo aos mastros das bandeiras da Venezuela e Brasil, na fronteira entre os dois países. Esse trabalho teve início no ano passado em Roraima, quando Galvão e o fotógrafo paraibano Arlen Cezar iniciaram as ações de campo da Missão Ushuaia Venezuela, em apoio aos venezuelanos que estão nos abrigos, casas de acolhida e nas ruas de Boa Vista e de Pacaraima, cidades com maior concentração de imigrantes e refugiados que fogem da crise econômica e política no país de Nicolás Maduro. No dia 1º está prevista a exposição da bandeira abaixo-assinado do Mercosul e o recolhimento de assinaturas. Já no dia 2 haverá a mesma programação, além da entrega de cartas escritas por membros da Igreja Batista do Jequiezinho, em Jequié, cidade do interior da Bahia, que acolhe quatro refugiados venezuelanos, com mensagens de esperança para os imigrantes venezuelanos. “Vamos levar palavras de apoio, de encorajamento, de fé, de esperança para esse povo que deixou seu país por conta de problemas sociais, econômicos e políticos na Venezuela”, disse Galvão. As atividades desenvolvidas para os imigrantes venezuelanos serão transformadas em um documentário, por meio de audiovisual e fotografias. “Esse trabalho está sendo registrado para construção de um documentário dentro das ações culturais e humanitárias da Missão Ushuaia, que busca promover a cidadania Mercosul e reivindicar o respeito ao Protocolo de Ushuaia, assinado pela Venezuela, no marco de sua entrada no Mercosul, onde se comprometeu a respeitar os direitos humanos e liberdades democráticas”, esclarece Gouveia. A Venezuela foi suspensa do Mercosul em agosto de 2017. Gouveia informou que a ideia de acompanhar a crise na Venezuela iniciou em 2015, quando tentou vir a Roraima, mas não foi possível. “Então para não deixar morrer a ideia do documentário, enviei por correio postal a bandeira do Mercosul para Juan Guaidó, na Venezuela, que recolheu assinaturas de vítimas da repressão, presos políticos, familiares de ativistas que estão presos, defensores dos direitos humanos, deputados, estudantes, religiosos e líderes comunitários. Depois de três anos em território venezuelano, a bandeira retornou ao Brasil, em junho de 2018. Assinaram a bandeira o então deputado e atualmente autoproclamado presidente encarregado pela Venezuela, Juan Guaidó; Leopoldo López (preso político), Lilian Tintori, Maria Corina Machado, refugiados venezuelanos que vivem no estado da Bahia e no Uruguai, parlamentares do Mercosul e até mesmo o sambista Martinho da Vila. Dado Galvão disse que o objetivo final é encerrar a Missão Ushuaia com a construção do documentário, mas devido os acontecimentos variáveis na Venezuela não existe um roteiro pronto, pois as coisas vão acontecendo e tudo está sendo documentando, com o apoio do jornalista e escritor venezuelano Carlos Javier, autor de ‘Testemunhos da Repressão’.

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